O que Anitta, Taylor Swift e Lali Espósito têm em comum?
Se falamos de referências musicais, Brasil, EUA e Argentina têm grandes artistas como Anitta (@anitta), Taylor Swift (@taylorswift) e Lali Espósito (@lali): grandes nomes da música lutando contra a extrema direita em seus países.
Por Ni Un Derecho Menos (@niunderechomenos)
Com múltiplos posicionamentos e diferentes formas de expressar suas ideias, umas mais combativas e outras mais sutis, uma geração de artistas internacionais destaca-se nos palcos e nas redes para serem atores ativos em um contexto de grande debate público em termos sociais, ambientais e políticos. Se falamos de referências musicais, Brasil, EUA e Argentina têm grandes artistas como Anitta (@anitta), Taylor Swift (@taylorswift) e Lali Espósito (@lali): grandes nomes da música lutando contra a extrema direita em seus países.
Uma das posições icônicas da época foi a de Taylor Swift, quebrando o silêncio político em 2018 ao apoiar o candidato democrata ao Senado pelo Tennessee. Em 2020, ela apoiou o atual presidente dos EUA, Joe Biden, criticando seu rival, Donald Trump, em seu documentário “Miss Americana”, marcos que deram início a uma rápida onda contra o republicano.
No caso de Anitta, a diva brasileira foi uma das vozes transcendentais do pop para denunciar os graves retrocessos no governo de Jair Bolsonaro e fazer campanha pelo retorno de Lula nas eleições de 2022. O resultado foi global e seu fandom cumpriu uma tarefa fundamental na mobilização de conteúdo progressista nas redes sociais.
Na Argentina, as eleições presidenciais de 2023 também foram marcadas pela cultura pop. O próprio fandom de Taylor Swift a nível local mobilizou-se no quadro da chegada da estrela musical ao país para tornar visível o medo da possível chegada de Javier Milei, o “Bolsonaro argentino”, ao poder.
Meses depois e com Milei eleito, a travessia ocorreu com Lali Espósito, que desde o primeiro momento também se posicionou com temor em relação à vitória da extrema direita. E os ataques não demoraram a chegar: o presidente abriu uma frente de batalha contra a cantora e instalou a ideia de que Lali “vivia do Estado” com seus shows. A defesa nas redes e na mídia foi imediata, assim como o repúdio às ações do presidente.
Deveria então um artista assumir uma posição pública sobre uma determinada questão que está em debate na opinião pública? Não fazer isso é uma decisão política, comprometer-se a expressar sua voz também.