O adeus a Léo Batista, a voz marcante do jornalismo brasileiro
Por Patrícia B Zupo para Ninja Esporte Clube O Brasil despede – se hoje de um dos maiores jornalistas da história, João Baptista Belinaso Neto, o Léo Batista, faleceu neste domingo (19), na cidade do Rio de Janeiro, aos 92 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas. O velório, aberto ao público, será na […]
Por Patrícia B Zupo para Ninja Esporte Clube
O Brasil despede – se hoje de um dos maiores jornalistas da história, João Baptista Belinaso Neto, o Léo Batista, faleceu neste domingo (19), na cidade do Rio de Janeiro, aos 92 anos, em decorrência de um câncer no pâncreas. O velório, aberto ao público, será na Sede do Botafogo, time do coração do jornalista, na zona sul do Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (20).
Natural de Cordeirópolis, SP, o “Seu Léo”, como era conhecido no cenário jornalístico, iniciou sua carreira como locutor de rádio. Mas, ainda adolescente, sua voz foi bastante utilizada em altos falantes da cidade. Com mais de sete décadas de profissão, Léo Batista atravessou gerações, em sua trajetória narrou fatos e acontecimentos que marcaram o Brasil e o mundo como a morte de Getúlio Vargas (1954), o acidente com morte cerebral do piloto Ayrton Senna (1994), a despedida de Zagallo (2024).
Jornalista, apresentador e locutor, foi com o jornalismo esportivo que Léo Batista se consagrou. Um ícone da TV aos domingos, o Brasil conheceu a emblemática personagem “Zebrinha”, dupla que fazia ao apresentar a loteria esportiva no “Fantástico”, e é lembrada até hoje. Era um dos apresentadores, em atividade, mais antigo da rede Globo. Ele iniciou carreira na emissora em 1970, ano da Copa do Mundo no México, inaugurou o Jornal Hoje (1971), criou o nome do programa “Globo Esporte” em 1978, cobriu Copa do Mundo, em destaque estão a Copa de 74 na Alemanha, a da Espanha em 1982 e do México em 1986. Aos sábados na década de 80-90 apresentava um bloco esportivo no Jornal Nacional. E quem não gosta de ver, até os dias de hoje, aquele quadro “Gols do Fantástico?”. Icônico!
Seu Léo será lembrado pelo profissionalismo, por sua ética profissional, dedicação em sua carreira, pela “Zebrinha”, por diversas brincadeiras e descontrações em seu posto como apresentador, e claro, pela sua voz, que se completava com o carisma. Isso lhe rendeu um carinhoso apelido como “a voz marcante”.
Jornalistas, atletas, clubes de futebol brasileiro lamentam e se despedem do Seu Léo. A CBF determinou um minuto de silêncio ao início de todas as próximas partidas em Campeonatos Estaduais. Em 2024, ao se despedir de Zagallo no dia de sua morte num programa de televisão, o jornalista declarou que “só morre quem nunca é lembrado”, para se referir ao legado deixado pelo ídolo ao país. Nós brasileiros não iremos esquecer e nos despedimos com muita saudade, gratidão e aplausos a você, Léo Batista, que será pra sempre lembrado em nossa memória e corações.
Léo Batista, 22 de julho de 1932 a 19 de janeiro de 2025, é pai de duas mulheres, Cláudia e Mônica Batista. Ele era viúvo, sua esposa Leyla faleceu em 2022 aos 84 anos.