“Nunes é o pior prefeito que São Paulo já teve”, disse Tabata, ao declarar que votará em Boulos
“Esse é um voto por convicção, não é um voto negociado”, afirmou Tabata Amaral (PSB)
“Esse é um voto por convicção, não é um voto negociado”, afirmou Tabata Amaral (PSB) ao anunciar publicamente seu apoio a Guilherme Boulos (PSOL) no segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo. Em uma entrevista coletiva, Tabata enfatizou que sua decisão foi tomada com base em princípios e deixou claro que não busca cargos ou alianças. “Eu não vou subir em nenhum palanque, eu não vou desfazer quem eu sou ou no que eu acredito, não vou negociar nenhum cargo, vocês não vão me ver integrando nenhum governo, independentemente de qual seja o governo eleito.”
A deputada também não poupou críticas ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB), que avançou ao segundo turno com 29,49% dos votos válidos. “Nunes é o pior prefeito que São Paulo já teve”, disse, justificando seu voto em Boulos, que conquistou 29,06% dos votos no primeiro turno e agora vai para o confronto direto no segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro.
Guilherme Boulos, que construiu sua campanha com uma plataforma focada em justiça social e reforma urbana, agradeceu o apoio de Tabata e reafirmou sua mensagem de mudança. “Agora, são dois caminhos: quem quer que a cidade fique como está, que concorda com Nunes; e quem quer mudança vem comigo”, declarou o candidato, que também conta com o apoio da ex-prefeita Marta Suplicy.
O resultado do primeiro turno foi acirrado até o último momento, com apenas 30 mil votos separando os dois primeiros colocados. Boulos, em seu discurso de agradecimento, destacou que a maioria dos paulistanos votou por mudança e que pretende continuar dialogando com aqueles que ainda não o apoiaram. “Quero dialogar com aqueles e aquelas que não votaram na gente no primeiro turno. A enorme maioria do povo de São Paulo votou pela mudança”, afirmou, reforçando sua campanha em busca de uma cidade mais inclusiva.
Tabata, que terminou o primeiro turno em quarto lugar com 9,93% dos votos, reiterou que, apesar de ter diferenças de projeto com Boulos, não poderia apoiar Nunes, ressaltando a importância de uma renovação política. “Eu jamais poderia votar em um projeto liderado por Ricardo Nunes”, disse.
Com o apoio de figuras políticas de destaque, Guilherme Boulos se prepara para uma nova fase de sua campanha, enfrentando Ricardo Nunes em um segundo turno que promete ser uma disputa decisiva para o futuro da cidade de São Paulo.