A localidade de Lahaina, Havaí, testemunhou a maioria das fatalidades, conforme relatado pelo condado de Maui

Foto: AFP

A paradisíaca ilha de Maui, situada no arquipélago havaiano, se transformou em um cenário de horror nas últimas semanas, à medida que incêndios florestais vorazes assolam a região. O número alarmante de vítimas fatais já chega a 55, revelaram autoridades norte-americanas em uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (11), intensificando ainda mais a tragédia.

Moradores locais e turistas foram pegos de surpresa pelas chamas que avançavam implacavelmente, forçando-os a fugir para salvar suas vidas. Em meio à densa fumaça e ao calor insuportável, algumas pessoas buscaram refúgio no oceano, onde foram posteriormente resgatadas pela ação da Guarda Costeira. A Cruz Vermelha Americana também desempenhou um papel crucial, estabelecendo um centro de acolhimento para atender aqueles que foram deslocados de suas residências.

A localidade de Lahaina, Havaí, testemunhou a maioria das fatalidades, conforme relatado pelo condado de Maui. Um triste total de mais de 11 mil indivíduos foi evacuado de suas casas, com o objetivo de assegurar sua segurança diante da crescente ameaça das chamas.

“Esta é uma tragédia sem precedentes na história de Maui”, declarou o governador do estado, Josh Green, expressando sua profunda tristeza pela perda de vidas e pela devastação que assolou a ilha. Em resposta à gravidade da situação, a vice-governadora do Havaí, Sylvia Luke, decretou estado de emergência, levando ao fechamento de estradas e escolas. A circulação foi restrita somente a profissionais de serviços de emergência, a fim de facilitar a resposta às demandas da crise.

Os incêndios, alimentados pela poderosa força dos ventos gerados pelo furacão Dora, que passou ao sul da região, propagaram-se rapidamente, pegando a comunidade local desprevenida. O resultado desolador inclui a destruição de prédios históricos e a carbonização de veículos, pintando um quadro desolador na ilha.

Autoridades locais informaram que mais de mil estruturas foram danificadas ou reduzidas a cinzas pelas chamas avassaladoras, e várias pessoas sofreram ferimentos decorrentes da situação caótica.

A situação meteorológica desempenhou um papel crucial na magnitude dos incêndios. O Serviço Nacional de Meteorologia dos EUA destacou que a vegetação extremamente seca, combinada com ventos fortes e níveis de umidade perigosamente baixos, proporcionaram o cenário ideal para a rápida propagação do fogo. A presença do furacão Dora, que impactou todo o estado, exacerbou ainda mais a crise.

Embora a ocorrência de incêndios seja uma realidade frequente em algumas partes do arquipélago havaiano, a Universidade do Havaí confirmou que a intensidade dos incêndios deste ano é notavelmente excepcional, deixando a comunidade local e autoridades em estado de choque diante do desastre que se desenrola. A universidade também aponta os efeitos das mudanças climáticas na região.