Por Morgana Américo e Sarah Américo

Apesar do jogo entre Nova Zelândia e Noruega ser a partida de abertura da Copa do Mundo Feminina 2023, as neozelandesas já entram pressionadas. Isso porque a seleção, que já esteve presente em cinco edições da competição, nunca ganhou. Foram 15 jogos e 15 derrotas. A primeira participação da Nova Zelândia na competição foi em 1991, o mesmo ano em que a Copa do Mundo Feminina começou a ser realizada.

A Nova Zelândia e a Austrália são os dois países-sede da competição e responsáveis pela Copa do Mundo Feminina apontada como a maior de todos os tempos. A seleção Kiwi espera ter um retrospecto diferente de tudo o que já viveu até agora e conseguir mais do que a primeira vitória: ficar entre os dois primeiros colocados do Grupo A e avançar às oitavas de final.

Porém, para que isso aconteça, vai ser necessário muito trabalho em pouco tempo e os saldos recentes não são nada animadores. Nos últimos 10 jogos, a seleção teve oito derrotas, sendo duas goleadas sofridas para as atuais campeãs da Copa do Mundo, os Estados Unidos, e dois empates. A tcheca Jitka Klimkova, técnica das neozelandesas, sabe o que sua equipe precisa mudar para que possa sonhar com voos mais altos. Ela está confiante com a competição em sua seleção.

 

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“Sabemos que, se quisermos passar da fase de grupos, teremos que vencer. O melhor momento seria fazer isso em casa”, disse a treinadora em entrevista a Agence France-Presse (AFP). “Temos de ser firmes na defesa e decisivas no ataque diante do gol”, diz Klimkova, ex-zagueira da República Tcheca, que almeja que a Nova Zelândia seja “adversário difícil de enfrentar”.

A parte defensiva da Nova Zelândia realmente é a que mais merece atenção. Nos últimos 10 jogos disputados, elas levaram 25 gols e marcaram apenas duas vezes, o que indica que os números ofensivos também não são muito bons, mas Klimkova garante que uma melhora tem sido vista. “Às vezes procuramos boas finalizações, mas a prioridade agora é como podemos colocar a bola na rede”, diz.

Segundo ela, sua equipe está melhorado e tem marcado gols nos treinos.“Estamos trabalhando muito duro para que a nação fique orgulhosa”, explica a treinadora que está apostando na oscilação de rendimento da Noruega para conseguir somar pontos na competição. “Tirar pontos delas nesse primeiro jogo será muito importante, por isso estou satisfeita por jogarmos contra elas primeiro”, diz a treinadora.

Sua primeira adversária, a Noruega, já foi campeã do mundo. Elas levaram a melhor em 1995 e são uma das quatro seleções que já se consagraram neste torneio. Contudo, nos últimos jogos elas têm oscilado bastante. Nas últimas 10 partidas foram quatro vitórias, quatro derrotas e dois empates, o que dá espaço para que as neozelandesas possam sonhar com um bom resultado.

Retrospecto: Nova Zelândia x Noruega

Nova Zelândia e Noruega se enfrentam nesta quinta-feira (20) às 4h (horário de Brasília). As seleções já se enfrentaram em 1991, ano da primeira Copa do Mundo Feminina. Na ocasião, as norueguesas levaram a melhor e venceram por 4 a 0. Uma das autoras dos gols foi Hege Riise, que atualmente é técnica da Noruega. Outro fator que pesa contra as neozelandesas, é o fato de que elas perderam todos os jogos de estreia e a única partida em que não levou gols foi em 2015, contra o Canadá.

 

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Neste ano, a Noruega vem com um nome de peso: Ada Hegerberg, que atualmente joga no Lyon, foi a primeira a receber a bola de ouro da France Football em 2018. Ela tem seis títulos da Champions League, competição da qual é a maior artilheira (59 gols), oito vezes campeã francesa, além de seis Copas da França e duas Supercopas.

Ada voltou a atuar pela na Noruega apenas em abril de 2022, após cinco anos sem aceitar jogar pelo país em protesto contra a Federação Norueguesa de Futebol, por não aceitar as condições de trabalho oferecidas à equipe feminina. Por causa disso, deixou de disputar a Copa de 2019, no auge da carreira.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube