Mais uma vez, o Nordeste se consagra como uma potência do ensino básico público, conquistando 36 das 50 primeiras posições no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2023 para o 9º ano do Ensino Fundamental. Os dados, divulgados ontem pelo Ministério da Educação, mostram que a região, historicamente marcada por desigualdades sociais, se torna mais uma vez exemplo a ser seguido.

O Ceará lidera o ranking, com 20 cidades entre as 50 melhores do país. Santana do Mundaú, em Alagoas, com pouco mais de 11 mil habitantes, alcançou alta posição ranking, desbancando tradicionais polos educacionais do Sul e Sudeste. Pernambuco também brilha, superando a média nacional e conquistando o primeiro lugar no Norte-Nordeste.

Nos anos finais do ensino fundamental, apesar de nenhum centro de ensino público ter tirado nota 10, 12 escolas tiraram acima de 9,0. Elas também estão localizadas no Ceará e em Alagoas.

Média nacional

O cálculo do Ideb leva em consideração as médias de desempenho em português e matemática nos exames aplicados pelo Inep, que são padronizados em uma escala de 0 a 10.

Nos anos iniciais do ensino fundamental, o Ideb nacional foi de 6. Um aumento em relação a 5,8 (em 2021) e 5,9 (em 2019). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era de 6. Ou seja, a meta foi cumprida.

Nos anos finais do ensino fundamental, o índice foi de 5, contra 5,1 no levantamento de 2021 e 4,9 em 2019. A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,5. Ou seja, ficou abaixo da meta. No ensino médio, o Ideb ficou em 4,3 – aumento de 0,1 na comparação com 2021 e 2019 (4,2). A meta para esta etapa do ensino, em 2021, era 5,2. Assim, também ficou abaixo da meta.