A bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico norte-americano Drew Weissman foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina

Foto: Araya Doheny/Getty Images

A bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico norte-americano Drew Weissman foram agraciados com o Prêmio Nobel de Medicina nesta segunda-feira (02/10), em reconhecimento às suas descobertas revolucionárias que pavimentaram o caminho para o desenvolvimento das vacinas contra a Covid-19.

As contribuições desses cientistas mudaram nossa compreensão fundamental de como o mRNA interage com o sistema imunológico, acelerando o processo de criação de vacinas durante uma das maiores crises de saúde modernas. Karikó, que também atua como consultora da BioNTech, foi fundamental na pesquisa para evitar reações inflamatórias contra o mRNA produzido em laboratório, enquanto Weissman, professor de pesquisa de vacinas na Escola Perelman, colaborou na identificação de ajustes nos nucleosídeos do mRNA que o mantém fora do radar do sistema imunológico.

A premiação, concedida pela Assembleia Nobel da Universidade Médica do Instituto Karolinska, na Suécia, vem acompanhada de uma premiação de 11 milhões de coroas suecas (aproximadamente R$ 5 milhões). Este prêmio marca o início da temporada Nobel deste ano, com mais cinco prêmios a serem anunciados nos próximos dias. O Nobel, criado pelo inventor sueco Alfred Nobel em 1901, celebra realizações excepcionais nas áreas de ciência, literatura, paz e, mais recentemente, economia. A cerimônia de entrega dos prêmios ocorrerá em Estocolmo no dia 10 de dezembro, data do aniversário da morte de Alfred Nobel, seguida de um suntuoso banquete na Câmara Municipal.

O prêmio de Medicina do ano anterior foi concedido ao sueco Svante Pääbo pela sequenciação do genoma do Neandertal e pela descoberta dos denisovanos, parentes humanos até então desconhecidos. Outros laureados notáveis incluem Alexander Fleming, agraciado em 1945 pela descoberta da penicilina, e Karl Landsteiner em 1930 por suas contribuições para a identificação dos grupos sanguíneos humanos.

*Com informações da AFP