Nascida em 1960, a sueca Pia Sundhage tem uma história de grandes feitos no mundo do futebol feminino e é referência na modalidade

Sam Robles / CBF

Por Nathalia Faustino para cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

Sundhage cresceu em uma época em que não era aceito pela sociedade que uma mulher tivesse o desejo de se tornar jogadora de futebol. Por isso, ela precisou fingir-se de menino para jogar um campeonato quando criança. E adivinha qual o nome escolhido para ela? Isso mesmo, Pelé!

Já aos 17 anos, Pia começou sua trajetória como jogadora profissional e atuou como atacante no futebol sueco, conquistando a marca de 144 jogos e 71 gols pela seleção da Suécia.

Em 1996, ela encerrou sua carreira como jogadora após disputar a primeira edição dos Jogos Olímpicos da história do Futebol Feminino.

Como treinadora, Pia possui dois ouros olímpicos no comando da seleção dos Estados Unidos (2008, Pequim e 2012, Londres) e uma medalha de prata a frente da seleção da Suécia nas Olimpíadas Rio 2016. Além disso, foi eleita a melhor treinadora de Futebol Feminino pela FIFA em 2012.

Em julho de 2019, Pia foi convidada a assumir a seleção brasileira substituindo o técnico Vadão após eliminação na Copa do Mundo, realizada na França.

A treinadora é apenas a segunda mulher a comandar a seleção feminina do Brasil e a primeira estrangeira no cargo, mas já chegou com o enorme desafio de conquistar o inédito ouro olímpico para o país.

Longe de casa, Sundhage buscou se aproximar da cultura brasileira. A treinadora tem usado a música para aprender palavras em português, além de inspirar as jogadoras da seleção com suas paródias.

A paródia que mais viralizou foi a que Pia fez da música “Anunciação”, de Alceu Valença, cantando “set pieces” em alguns trechos, expressão em inglês para “jogadas de bola parada”. Desde então, a sueca tem conquistado os brasileiros com sua irreverência e bom humor.

Em 2019, a seleção feminina do Brasil se encontrava em 10º lugar no ranking mundial da FIFA.

Hoje, dois anos depois, a seleção subiu 3 posições, alcançando o 7º lugar no ranking mundial. No mesmo ranking, a seleção dos Estados Unidos é a 1ª colocada e a seleção da Suécia é a 5ª, ambas já estiveram sob o comando de Pia Sundhage.

Até junho de 2021, a treinadora tinha completado 18 jogos à frente da seleção brasileira, sendo 11 vitórias, 5 empates e apenas 2 derrotas.

Para Tóquio, Pia pretende usar a experiência de jogadoras como Formiga e Marta, mas também dar maior destaque para jogadoras como Debinha, artilheira da “Era Pia” na seleção.

Os dois primeiros jogos já trouxeram bons resultados: uma vitória expressiva de 5×0 contra a China e um empate de 3×3 com a forte seleção da Holanda.

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