O judô e seus faixas pretas na cultura pop
O esporte preferido do Japão conta com alguns representantes em variadas mídias
Por Davi Vasconcelos Santos para Cobertura Colaborativa NINJA Esporte Clube
O Judô, arte criada por Jigoro Kano, que é derivada do jiu-jitsu japonês, é uma das modalidades que mais trouxe medalhas para o Brasil na história das olimpíadas, concorrendo edição após edição das olimpíadas com a natação. Apesar de o Brasil ser o terceiro país com mais praticantes de Judô no mundo, perdendo respectivamente para o Japão e a França, ainda se sente falta de uma certa representatividade quando falamos de alcance midiático em detrimento a outros esportes como o futebol e o basquete. Todavia, o “caminho suave” conta com alguns representantes que passam despercebidos aos nossos olhos e eles são:
Goro Daimon
Talvez você não saiba, mas o representante do time do Japão junto com Kyo Kusanagi e Benimaru Nikaido em The King of Fighters, jogo de luta da SNK, é um representante do Judô na cultura pop. A personagem foi criada como um representante dos costumes japoneses, visto que o lutador usa o Geta, o famoso chinelo de madeira japonês. E qual o melhor estilo de luta para a personagem ser faixa preta do que o Judô? A escolha da produtora para o estilo de luta de Goro foi imprescindível para a modalidade na cultura pop.
Ronda Rousey
A nossa futura mamãe de uma menina que está prevista para chegar no mês de setembro deste anos e lutadora do WWE (Evento estadunidense de luta livre), é um ícone da cultura pop alavancada pelo seu domínio no UFC como grande campeã do peso galo até a derrota para Holly Holm em janeiro de 2016, pelo UFC 195 e participações nos filmes das sagas Velozes e Furiosos, Os Mercenários e As Panteras (2019), fora os jogos como os três primeiros EA Sports UFC, Mortal Kombat 11, dublando Sonya Blade, WWE 2K19 e WWE 2K20.
Teddy Riner
Se temos o patrão da Fórmula 1, que é Lewis Hamilton, temos também o patrão do peso pesado do Judô que é o francês Teddy Riner. O francês que mesmo perdendo sua invencibilidade de 10 anos e 154 lutas para o japonês Kokoro Kageura, no Grand Slam de Judô, sediado em Paris, ainda é um ícone para os judocas e para o público em geral. A sua mídia é um livro infantil de nome As Aventuras de Teddy Riner, onde ele e seus amigos Fleur e Loup têm de ir ao Japão enfrentar a temida Ira do Dragão.
Menção honrosa: A Saga do Judô e A Grande Vitória
Falando sobre mídias audiovisuais como livros infantis e jogos eletrônicos há dois filmes que falam sobre o judô, os quais são interessantes para o público em geral conhecer mais da modalidade. O primeiro filme é A Saga do Judô, de Akira Kurosawa, um clássico obrigatório aos praticantes do caminho suave, o enredo ambientado na Era Meiji, conta a história de Sanshiro, que vai à cidade para aprender o jiu-jitsu, todavia ao conhecer o judô ele decide aprender e se aperfeiçoar ainda mais nesta nova arte.
O segundo filme é A Grande Vitória, filme brasileiro baseado no livro Aprendiz de Samurai de Max Trombini e dirigido por Stefano Capuzzi, o enredo conta a história do próprio Max, onde mostra sua infância carente e revolta e após mudar de cidade, encontra no judô um escape para suas angústias e medos para assim se tornar um dos mais renomados treinadores da modalidade no Brasil.