Foto: Reprodução Instagram

Por Monique Vasconcelos

Disputando a semifinal nesta sexta-feira (6), uma das promessas dos Estados Unidos no salto ornamental, Jordan Windle talvez não tivesse chegado tão longe se não fosse pelo pai, Jerry, um americano solteiro e gay que decidiu adotá-lo em um orfanato no Camboja quando o menino tinha um 1 ano. Windle concedeu uma entrevista à revista “Today” comentando que dedicou toda sua carreira para fazer seu pai adotivo o mais orgulhoso o possível.

“A todo mundo que me pergunta a razão pela qual eu mergulho, digo que é puramente para meu pai e o quanto ele ama me assistir. Se ele não tivesse feito todos os sacrifícios que fez, com todo seu amor e apoio todo este tempo em que estivemos juntos, eu realmente não estaria aqui hoje. Tenho que agradecer a ele por tudo, todas as minhas realizações. Tem sinto uma jornada incrível com ele”, se declarou ao pai.

Jerry sempre teve o sonho de ser pai, mas no início dos anos de 1990 havia muito preconceito e isso parecia impossível. Ao folhear uma revista, ele encontrou uma matéria sobre um jovem que foi adotado por um homem solteiro no Camboja e viu essa oportunidade. Após viajar ao país asiático, Jerry deu início aos trâmites para a adoção e alguns meses depois veio o menino Jordan, que estava desnutrido e com uma infecção grave, mas acabou se recuperando sob os cuidados do pai.

Jordan disse que ele consegue distinguir a voz do pai comemorando em eventos que ele está competindo. Mas, infelizmente, Jerry não pôde ir a Tóquio torcer pelo filho devido às restrições contra a Covid-19.

“Não o ter nas Olimpíadas será diferente. Queria que ele estivesse, mas isso realmente não muda meu objetivo: me divertir, mostrar o que sei fazer e dar um show para todos. Espero deixá-lo orgulhoso”, finaliza.

Texto produzido em cobertura colaborativa da NINJA Esporte Clube

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Márcio Santilli

Lira confronta Pacheco pelo controle do processo legislativo

Marielle Ramires

De braços dados com a alegria

Bella Gonçalves

Uma deputada LGBT na Assembleia de MG pela primeira vez em 180 anos

Célio Turino

Precisamos retomar os Pontos de Cultura urgentemente

SOM.VC

Uruguai musical

Estudantes NINJA

Não existe planeta B: A importância das universidades nas mudanças climáticas

Colunista NINJA

Carta a Marielle Franco: ‘Quem mandou te matar, Mari? Aí do além é mais fácil enxergar?'

Luana Alves

Justiça por Marielle, mais urgente do que nunca. Sem anistia

Design Ativista

Feminismos, sem medo de ser plural

Tatiana Barros

Como criar narrativas com sentido e que se conectem com as pessoas, por Daniel Quadros

Dandara Tonantzin

Misoginia: como combater o ódio contra as mulheres

André Menezes

Direto ao ponto: um papo sobre representatividade, com Manoel Soares

Uirá Porã

Transformações quânticas e o comunismo tecnológico

Colunista NINJA

A indignação é seletiva