A atleta que vai para sua 2ª paralímpiada enfrentou algumas cirurgias no meio da preparação

Foto de Jady sobre uma pista urbana. Ela corre deitada sobre uma handbike, equipada com óculos e capacete.

Foto: Marco Antonio Teixeira/MPIX/CPB

Jady Malavazzi, categoria H3, é a brasileira que vai representar o país nas provas de contrarrelógio e estrada enfrentou literalmente uma corrida contra o tempo no último ano. A ciclista que sofreu um acidente de carro aos 12 anos, que o deixou paraplégica, enfrentou além dos obstáculos da pandemia, alguns problemas de saúde.

Em 2019 Jady teve que passar por uma cirurgia, após ser constatada uma ferida na região de glúteo e quadril da atleta, muito comum em atletas e pessoas com lesão medular, em seguida a atleta acabou contraindo uma infecção grave (osteomielite), batalhou durante 11 meses contra a infecção, voltando a treinar no final de 2020.

Como não bastasse apenas a luta para estar recuperada das cirurgias e de volta aos treinos, a ciclista enfrentou a dificuldade de treinar em meio a pandemia, chegou a montar uma mini academia em casa. Jady, teve também que realizar uma rifa online para conseguir adaptar os equipamentos da sua bicicleta que será utilizada nos Jogos Paralímpicos de Tóquio.

Com o controle de treinos, e o trabalho intensivo para que Jady voltasse ao seu nível técnico com a handbike, a brasileira ainda conseguiu disputar algumas competições após a sua recuperação das cirurgias, eventos que serviram como forma de preparação para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, sendo a última delas a disputa do Campeonato Mundial o de Paraciclismo em que a atleta terminou na 6ª colocação na disputa de estrada e em 7º no contrarrelógio. Resultado que dá uma confiança para a atleta brigar por medalha nos Jogos. Jady sabe que não vai ser fácil, mas vai lutar por um pódio para o Brasil.

“Será uma disputa difícil em Tóquio, enfrentei alguns desafios nesses últimos anos durante a minha preparação. Em 2018 quando sai do mundial tínhamos uma perspectiva e uma “certeza” de pódio, 2019 chegou, eu fiquei doente, passei por uma cirurgia, voltei a competir no final do ano, a cirurgia deu errado, contraí uma infecção grave (osteomielite), lutei por 11 meses contra essa infecção, voltei ao treinos no final de 2020 de forma gradativa e controlada. Tive realmente uma corrida contra o tempo para conseguir chegar em Tóquio na minha melhor forma, com certeza vamos em busca da medalha, mas meu maior objetivo é entregar tudo que tenho e sair de lá feliz, tranquila que fiz o meu melhor”, concluiu a atleta.

Jady Malavazzi da categoria H3 é hoje um dos principais nomes do país, a atleta vai para sua segunda paralímpiada e soma no currículo 2 medalhas de Bronze em mundial, 6 medalhas em Copa do Mundo e uma prata em Jogos Parapan, além de outras boas colocações.

A brasileira tem sua disputa de contrarrelógio marcada para acontecer no dia 30/08 e a prova de resistência será no dia 01/09, horários ainda não definidos.

O texto com as informações foi enviado pela assessoria da atleta

 

Conheça outros colunistas e suas opiniões!

Colunista NINJA

Memória, verdade e justiça

FODA

Qual a relação entre a expressão de gênero e a violência no Carnaval?

Márcio Santilli

Guerras e polarização política bloqueiam avanços na conferência do clima

Colunista NINJA

Vitória de Milei: é preciso compor uma nova canção

Márcio Santilli

Ponto de não retorno

Andréia de Jesus

PEC das drogas aprofunda racismo e violência contra juventude negra

Márcio Santilli

Através do Equador

XEPA

Cozinhar ou não cozinhar: eis a questão?!

Mônica Francisco

O Caso Marielle Franco caminha para revelar à sociedade a face do Estado Miliciano

Colunista NINJA

A ‘água boa’ da qual Mato Grosso e Brasil dependem

Márcio Santilli

Mineradora estrangeira força a barra com o povo indígena Mura

Jade Beatriz

Combater o Cyberbullyng: esforços coletivos

Casa NINJA Amazônia

O Fogo e a Raiz: Mulheres indígenas na linha de frente do resgate das culturas ancestrais

Rede Justiça Criminal

O impacto da nova Lei das saidinhas na vida das mulheres, famílias e comunidades

Movimento Sem Terra

Jornada de Lutas em Defesa da Reforma Agrária do MST levanta coro: “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”