NINJA debate “corpos libertos” em terceira edição do Festival Feminino
Dríade Aguiar, da Mídia NINJA, e Giovanna Heliodoro, do canal Transpreta, falam sobre o filme “Que os olhos ruins não te enxerguem”, de Roberto Maty
Dríade Aguiar, da Mídia NINJA, e Giovanna Heliodoro, do canal Transpreta, falam sobre o filme “Que os olhos ruins não te enxerguem”, de Roberto Maty
Integrando o debate Corpo Liberto, a Mídia NINJA marcou presença na terceira edição do Festival Feminino, cuja programação encerra hoje (9) no domingo das mães. Dríade Aguiar, uma fas fundadoras NINJA, falou sobre diversidade LGBQIAP+ junto a ativista Giovanna Heliodoro, do canal Transpreta. O debate teve como pano de fundo o filme “Que os olhos ruins não te enxerguem”, de Roberto Maty. O encontro será seguido de show de As Baías e Naruna.
O documentário se propõe discutir a diversidade de gênero, classe e raça dentro da comunidade LGBTQIAP+ apresentando personagens da periferia de São Paulo. “A visão de libertação do olhar opressor para todos os corpos femininos”, foi a provocação para que Dríade e Giovanna explanassem suas críticas sobre o filme. “O que me impulsionou a poder falar do filme para mais gente foi a profundidade das personagens”, disse Dríade. “São pessoas muito diferentes e que possivelmente não concordariam uma com a outra se fossem discutir teoria queer, por exemplo, que é algo que muito pensam que é consenso entre pessoas LGBT”
“Há uma gama de pensamentos e de lugares em que pessoas LGBTQIAP+ estão hoje. Sempre tentam plastificar nossas narrativas com uma história única. Ver outros tons da gente é muito imporatnte”, disse Dríade.
Para Giovanna, parece ser óbvio afirmar que “falar de pessoas LGBTQIAP+ é falar de diversidade”, mas pode não ser tão evidente entere a própria comunidade que se confronta cada vez mais com personagens que assumem diferentes identidades nos dramas de hoje. “O filme reafirma que dentro da diversidade há um debate sobre diversidade. Ser LGBTQIAP+ é uma vivência muito unica, mas a minha vivência como um corpo trans é muito diversa e adversa de outras manas”, disse Giovanna. “Não é um filme que é conduzido somente pelas nossas dores, mas trata também sobre nossos dilemas e futuros”.
A primeira edição do Festival Feminino ocorreu em 2018 no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, reunindo shows de Elza Soares, Pitty, As Bahias, Maria Gadú, Filipe Catto, Xênia França, Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Tiê, Badi Assad, Fernanda Abreu e Iza. A segunda edição, realizada em 2019, contou ainda com uma série de bate-papos com temas relevantes ligados ao feminino, trazendo Fabiana Cozza, Linn da Quebrada, Tiê e Orquídeas do Brasil. Nesta edição, o fetsival trouxe nomes como Luedji Luna, Anelis Assumpção, Mariana Aydar, As Baías e Tiê.
Neste domingo das mães, as apresentações seguem com shows de Clarianas (15h), Josyara (17h) e Anelis Assumpção (19h). A apresentação será da jornalista Patricia Palumbo. Clique abaixo para assistir ao vivo: