Os moradores do Conjunto de Favelas da Maré, na Zona Norte do Rio de Janeiro, enfrentaram mais um dia de operação policial, completando uma semana de tensão na região. Relatos de tiros na Vila do João assustaram os residentes, enquanto registros de barricadas em chamas e a presença de veículos blindados, conhecidos como “caveirões,” nas ruas aumentaram o clima de apreensão. Muitos moradores, a caminho do trabalho, foram surpreendidos pela intensa movimentação das forças de segurança.

A situação impactou significativamente o funcionamento de instituições educacionais e de saúde na área. A Secretaria Municipal de Educação informou que 41 escolas municipais foram afetadas pelas operações, prejudicando 13.799 alunos, com pelo menos uma unidade adiando o início das aulas para as 9h.

Já a Secretaria Municipal de Saúde reportou que algumas clínicas e centros de saúde tiveram que acionar o protocolo de acesso seguro, suspendendo temporariamente suas atividades na manhã desta segunda-feira. As informações são da Voz da Comunidade.

Esta série de operações policiais na Maré vem acompanhada de relatos de abusos por parte dos agentes da Polícia Militar, incluindo invasões de domicílio e agressões.

Diante dos tiroteios, os moradores foram orientados a entrar em contato com o Ministério Público, que disponibilizou um plantão especial para atender a população. O atendimento pode ser solicitado por telefone, WhatsApp ou e-mail, buscando proporcionar suporte e investigação das alegações de violações de direitos.

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Força Nacional

Cento e cinquenta agentes da Força Nacional de Segurança começam a atuar no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (16). Esse é o primeiro contingente de um total de 300 que atuarão em apoio às forças estaduais fluminenses. A Força Nacional realizará operações nas rodovias, sob a liderança da Polícia Rodoviária Federal, de acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).