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O conflito na Ucrânia, que teve início em 24 de fevereiro com o ataque da Rússia no país, já levou cerca de 660 mil refugiados aos países fronteiriços. Contudo, esses países, em especial a Polônia, que é governada por Andrzej Duda, um político ultraconservador, não estão permitindo a entrada de imigrantes de países do continente africano e do sul asiático. Nigerianos e indianos, por exemplo, que vivem na Ucrânia, estão impedidos de se proteger da guerra entre os dois países.

Governos da Nigéria, Jamaica e Gana divulgaram comunicados condenando o tratamento discriminatório dispendido aos imigrantes. Diversos vídeos foram divulgados nas redes sociais, em um deles uma mulher está com um bebê de dois meses no colo, sob uma temperatura de 3ºC, e um homem afirma que ela não conseguiu passar pelas fronteiras. O estudante nigeriano Nze, nome utilizado em sua conta no Twitter, conta na rede a situação. Disse que nos trens são primeiro as mulheres e crianças, depois homens brancos, e o que sobrar, para os africanos, e que não conseguem embarcar.

Há também relatos que estão dormindo nas fronteiras há dias, com temperaturas baixíssimas, além de serem tratados com violência pela polícia ucraniana, sendo retirados de trens somente pelo fato de serem africanos.

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