Foto: reprodução TV Cultura

Nesta madrugada de sexta-feira (5), morreu aos 84 anos, o ator, diretor, escritor e humorista Jô Soares. A informação foi confirmada por sua ex-mulher Flavia Pedras nas redes sociais.

Ele estava internado no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, desde o fim do mês passado para tratar uma pneumonia; a causa da morte ainda não foi divulgada.

Pelo Instagram, a ex-mulher de Jô, Flávia Pedras, escreveu: “Nos deixou no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, cercado de amor e cuidados (…) Aqueles que através dos seus mais de 60 anos de carreira tenham se divertido com seus personagens, repetido seus bordões, sorrido com a inteligência afiada desse vocacionado comediante, celebrem, façam um brinde à sua vida”.

Em nota, a assessoria do humorista em conjunto com o hospital, publicou: “O paciente Jô Soares faleceu na data de hoje, 05 de agosto, às 2h20, no Sírio-Libanês. em São Paulo. Ele estava internado desde o dia 28 de julho no hospital, onde era acompanhado pelas equipes do corpo clínico da instituição”.

Segundo informações da CNN Brasil, o enterro e velório de Jô serão reservados apenas à família e amigos.

Vida e carreira

Filho do empresário paraibano Orlando Heitor Soares e de Mercedes Leal Soares, José Eugênio Soares nasceu em 16 de janeiro de 1938, no estado do Rio de Janeiro. Aos 12 anos, mudou com a família para a Europa, onde pensou em seguir a carreira diplomática, mas seu amor pela arte falou mais alto. Com carreira extensa, foi humorista, apresentador de televisão, escritor, diretor e ator. Seu primeiro papel foi em “O Homem do Sputnik”, filme de Carlos Manga, de 1958.

Três anos mais tarde, começou a trabalhar na TV Record, onde atuou em programas como “La Reuve Chic”, “Jô Show” e “A Família Trapo”, além de escrever o “Simonetti Show”.

Em 1970, foi para a TV Globo estrelar o “Faça Humor, Não Faça a Guerra”, programa substituído pelo Satiricom em 1973. Três anos depois, como ator e redator, participou de “Planeta dos Homens” até 1981, quando começou a se dedicar ao próprio programa, “Viva o Gordo”, onde viveu diversos personagens marcantes, como Reizinho, Capitão Gay e Zé da Galera. Trocou a Globo pelo SBT em 1987, para realizar seu sonho em apresentar um programa de entrevistas.

O “Jô Soares Onze e Meia” foi ao ar entre 1988 e 1999, com mais de seis mil entrevistas com grandes personalidades brasileiras e internacionais. Em 2000, o humorista retornou à Globo para o icônico “Programa do Jô”, encerrado em 2016.