Corregedor-geral do TSE atende a um pedido da campanha de Lula

Foto de perfil do vereador Carlos Bolsonaro. Ele é um homem branco, calvo, usa paletó e passa um dedo debaixo do nariz.

Foto: Agencia Brasil

Os proprietários das contas Brasil Paralelo, Foco do Brasil e Folha Política e Dr. News estão proibidos de impulsionarem conteúdos político-eleitorais no YouTube até o final das eleições.

A decisão de desmonetizar os quatro canais bolsonaristas na plataforma foi determinada, nesta terça-feira (18), pelo corregedor-geral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Benedito Gonçalves. Em caso de descumprimento da decisão, os canais serão multados em R$ 50 mil por dia.

O corregedor-geral do TSE, ainda determinou que o Twitter, YouTube e Google identifiquem os responsáveis por 28 perfis suspeitos de espalharem notícias falsas. Se isso não for possível, as contas deversão ser excluídas.

O ministro também deu três dias para o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro (PL), prestar informações sobre o “uso político-eleitoral” de seus perfis e sobre o pedido para suspender suas contas por disseminar fake news.

A decisão cita “reiteradas” notícias falsas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e diz que as contas investigadas “assumiram comportamento simbiótico” na campanha bolsonarista.

“Além disso, movimentam vultosos recursos financeiros, tanto arrecadados junto a assinantes e via monetização, quanto gastos em produção e impulsionamento de conteúdos”, escreveu o ministro

Ecossistema de desinformação

Gonçalves atendeu a um pedido da campanha de Lula, que cobrou investigação sobre o que chamou de “ecossistema de desinformação”.

A equipe jurídica do petista acusa a existência de um grupo coordenado para espalhar notícias falsas que prejudiquem o ex-presidente e favoreçam a candidatura de Bolsonaro. Os advogados de Lula dizem que as ações não são “individuais e espontâneas”, mas “ostensivas” para “manipular os eleitores e influenciar o processo eleitoral”.

Com informações da Agência Estado

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