Foto oficial da Casa Branca por Shealah Craighead

“Estes não são atos de protesto pacífico, são atos de terrorismo doméstico”, disse Donald Trump hoje (1), antecedendo nova noite de protestos em todo o país contra o assassinato de George Floyd pelo policial branco Derek Chauvin, condenado por homicídio culposo e assassinato em terceiro grau.
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O pronunciamento foi feito direto da Casa Branca, minutos antes do toque de recolher em vigor na capital dos EUA. Do jardim da residência, Trump disse que está preparando um envio de força que “dominará as ruas” até “a violência ser sufocada”. Caso os governadores não acabarem com a violência, Trump alertou que usará o Exército “para resolver o problema para eles”.
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Com o país em chamas por causa dos protestos raciais que já se estendem por seis dias, em pelo trinta cidades, Trump exortou os governadores dos Estados, que chamou de “fracos”, a usarem a força para recuperar o controle das ruas. “Vocês têm que dominar. Se vocês não dominam, estão perdendo tempo. Vão passar por cima de vocês, vocês vão ficar parecendo um punhado de imbecis”, disse Trump aos governadores durante teleconferência pela manhã, segundo um áudio da reunião obtido pela CBS.
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“Vocês têm que prender as pessoas e processá-las, e elas têm que ser mandadas para a prisão por longos períodos”, acrescentou. “Estamos fazendo isso em Washington DC. Vamos fazer algo que as pessoas nunca viram antes.” O presidente chamou os agitadores de “escória” e disse que Minnesota, epicentro dos protestos, se tornou “motivo de piada no mundo inteiro”.
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Participaram da teleconferência comandantes da policia e a equipe de Segurança Nacional, com presença do procurador-geral William Barr, que há meses vem assumindo o papel de executor da agenda mais linha-dura do presidente. Barr informou aos governadores que uma equipe de agentes antiterroristas será enviada para localizar os agitadores.

Trump os pressionou a mobilizar a Guarda Nacional, a quem atribuiu a melhora na situação no domingo à noite na cidade de Minneapolis, onde começaram os protestos pela morte de Floyd. O presidente defendeu que cidades como Nova York, Los Angeles e Filadélfia.