Foto: Donna Cleveland

Segundo o jornal The Guardian, a Monsanto, gigante dos agrotóxicos e acusada de contribuir para o aumento de casos de câncer, pagou o Google para omitir notícias negativas a seu respeito, mirando em jornalistas, ativistas e até o cantor Neil Young, ressaltando a tentativa da empresa de esconder os reais efeitos do glifosato – herbicida mais utilizado do mundo.

A companhia controlada pela alemã Bayer adotou métodos de inteligência utilizados pelo FBI contra o terrorismo. O ‘centro de fusão’ monitorou organizações alimentícias sem fins lucrativos e os diretores da Reuters.

Carey Gillam, repórter da Reuters, entrou no radar dos executivos do alto escalão depois de matéria investigativa e um livro sobre os impactos na saúde dos produtos vendidos pela Monsanto. Gillam é autora de ‘Whitewash: The Story of a Weed Killer, Cancer, and the Corruption of Science’, lançado em 2017. Monsanto fez o que estava ao alcance para minar o trabalho da jornalista, incluindo um acordo financeiro com o maior buscador do mundo, o Google.

“Sempre soube que a Monsanto detestava meu trabalho e atuava para pressionar editores e me silenciar. Só que nunca imaginei que uma companhia bilionária perderia tanto tempo e energia comigo. É assustador”, ressaltou a jornalista em entrevista ao The Guardian.