O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) confirmou hoje que mais 32 brasileiros e seus familiares próximos foram repatriados da Faixa de Gaza nesta quinta-feira, em um esforço contínuo para garantir a segurança de cidadãos brasileiros na região atingida pelo conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

O grupo, que já se encontra no Egito, será acompanhado por uma equipe da embaixada brasileira em sua jornada até a capital Cairo. O transporte foi realizado por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), que decolou na manhã desta quinta-feira rumo ao Aeroporto Internacional de Cairo. Este é o terceiro voo de repatriação desde que Israel declarou guerra em resposta ao ataque terrorista do Hamas, em 7 de outubro.

Além dos brasileiros repatriados, o avião da FAB transportou seis toneladas de ajuda humanitária enviada pelo Brasil. A carga inclui purificadores de água, painéis solares e outros equipamentos para geração de energia. A chegada do avião está prevista para a noite desta quinta-feira no Egito, e o retorno com os repatriados está agendado para sábado, com desembarque em Brasília.

Desde o início do conflito, um total de 1.525 brasileiros foram repatriados, sendo 1.413 de Israel, 80 da Faixa de Gaza e mais 32 da Cisjordânia, território palestino ocupado que também testemunhou o aumento da violência durante a guerra.

A entrada de ajuda humanitária para Gaza pela fronteira terrestre foi autorizada por Israel na semana passada, em resposta à crescente pressão internacional para mitigar a crise humanitária que afeta os civis no enclave. Os Estados Unidos, principal aliado israelense, têm reforçado o apelo por medidas humanitárias.

O conflito, que teve início em outubro, resultou em ataques terroristas do Hamas, causando a morte de 1.200 pessoas e o sequestro de 240 reféns em Israel. Em resposta, Tel-Aviv tem realizado bombardeios constantes na Faixa de Gaza e lançou uma incursão terrestre com o objetivo declarado de “aniquilar” o grupo terrorista. Do lado palestino, mais de 20 mil mortes foram relatadas pelo Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O cenário de violência persiste, mesmo com os esforços internacionais para encontrar uma solução diplomática.

*Com informações da Agência Brasil