Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

Pela segunda vez a defesa de Flávio Bolsonaro tenta impedir a investigação do filho do presidente em que ele é suspeito de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). O pedido foi negado pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que já havia tomado a mesma decisão em 17 de abril. Fischer alega que não há fatos novos que o façam reconsiderar.

Agora, o Ministério Público Federal e o Ministério Público do Rio devem se manifestar no STJ sobre o caso. Após essa etapa, o pedido da defesa deve ser julgado pela Quinta Turma do STJ, o que ainda não tem data para ocorrer.

Para o MP-RJ, Flávio foi chefe de uma organização criminosa que atuou em seu gabinete no período em que foi deputado estadual, de 2003 a 2018, quando cumpriu quatro mandatos parlamentares consecutivos.

A estimativa é que cerca de R$ 2,3 milhões tenham sido movimentados em um esquema de “rachadinha”, no qual funcionários do então deputado devolviam parte do salário que recebiam na Alerj. O dinheiro, segundo a investigação, era lavado com aplicação em uma loja de chocolates no Rio da qual o senador é sócio e em imóveis.

Recentemente, vieram a público tentativas de Jair Bolsonaro de interferir e obter informações privilegiadas da Polícia Federal sobre o caso em que Flávio é investigado, o que fez aumentar os indícios de responsabilidade de seu filho nos crimes em questão.