A CGU analisou contratos firmados nos últimos anos e que, somados, chegam a R$ 100 milhões

Foto: Marcelo Camargo/ Agência Brasil

Entregue ao centrão pelo então governo de Jair Bolsonaro (PL), a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) acumula um combo de irregularidades, apontou uma investigação preliminar da Controladoria-Geral da União.

A CGU analisou contratos firmados nos últimos anos e que, somados, chegam a R$ 100 milhões. As obras na mira da CGU foram feitas na Bahia, Sergipe e Amapá. A empresa campeã de licitações para pavimentação de rodovias é a Engefort, suspeita de ter sido beneficiada por um cartel de empresas que, supostamente, fraudava disputas da estatal.

Quem está no comando da Codevasf é o engenheiro Marcelo Moreira, que foi indicado pelo deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) para presidir a empresa no primeiro ano do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro.

Um dos contratos tocados pela Engefort, contratada pela Codevasf, foi assinado em 2020 e os trabalhos foram realizados entre junho e outubro de 2022.

A inspeção física da obra encontrou diversos problemas: buracos, rachaduras, afundamento de calçadas por falta de drenagem, descolamentos das sarjetas, entre outros. A investigação mostra que obras foram realizadas sem que trabalhos necessários de engenharia fossem realizados antes sobre o solo.

A CGU ainda aponta “que relatórios apresentados de acompanhamento físico e fotográficos produzidos não refletem o estado das obras. O órgão ainda aponta superfaturamento que totaliza R$ 1,2 milhão – valor equivalente a cerca de 10% do contrato de R$ 11,3 milhões”, diz a reportagem da Folha de SP.

Em nota, a estatal afirma que “procedimentos de auditoria são habituais e visam ao controle e aperfeiçoamento de processos. A empresa mantém rotinas de melhoria contínua de suas atividades, com ampla análise de apontamentos e recomendações de órgãos de controle”.

*Com informações do Brasil 247