As mortes em operações policiais na Bahia acontecem em um contexto em que também são registradas ocorrências de violência policial no Guarujá, São Paulo

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O ministro dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Silvio Almeida, acionou a Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos para investigar e acompanhar atentamente as 30 mortes ocorridas em diferentes confrontos com policiais militares na Bahia.

Em um intervalo de apenas uma semana, entre 28 de julho e 4 de agosto, foram registrados confrontos no bairro do IAPI, em Salvador, onde cinco homens perderam suas vidas após uma ação policial ser acionada por moradores, de acordo com os próprios policiais.

As mortes em operações policiais na Bahia acontecem em um contexto em que também são registradas ocorrências de violência policial no Guarujá, São Paulo, onde pelo menos 16 pessoas foram mortas durante a chamada Operação Escudo, após o assassinato de um soldado da Rota. Moradores da região relataram excessos e torturas por parte da PM. O suspeito do homicídio do policial, Erickson David da Silva, gravou um vídeo antes de ser preso pedindo que o governador do Estado, Tarcísio de Freitas, e o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, parassem com a matança.

Diante da gravidade dos acontecimentos, o ministro Silvio Almeida ressaltou a importância de garantir que o país se mantenha fiel aos princípios democráticos e aos Direitos Humanos. O acompanhamento cuidadoso das investigações pela Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos visa esclarecer os fatos e as circunstâncias dessas mortes, bem como garantir a transparência e a prestação de contas das ações policiais, afirmou Almeida.

Confira a nota na íntegra:

“O Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, informou neste sábado (5) que contatou o Governo da Bahia a respeito dos últimos acontecimentos que resultaram na morte de 30 pessoas, após diferentes confrontos com policiais militares.

Além disso, Silvio Almeida determinou formalmente à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos que acompanhe a apuração do caso e ouça as autoridades, bem como a sociedade civil.

Segundo o ministro, intervenções policiais que resultam em números expressivos de mortes não são compatíveis com um país que se pretende democrático e em consonância com os Direitos Humanos.”