Na noite desta segunda-feira, um servidor da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) foi baleado no tornozelo enquanto acompanhava agentes da Polícia Rodoviária Federal em uma operação direcionada a combater invasões dentro de um território indígena. As equipes sofreram uma emboscada na T.I. Apyterewa, no Pará.

O ataque ocorreu quando as equipes retornavam de uma atividade, sendo emboscadas em três pontos distintos, resultando em tiros contra as viaturas. Durante o confronto, uma viatura da Funai teve os pneus furados.

A ação tem como objetivo a desintrusão da terra indígena, cuja situação está judicializada devido à presença de invasores. As forças policiais responderam aos disparos em meio à troca de tiros. O ataque foi atribuído a invasores da terra, cuja retirada está em processo judicial.

A presidenta da Funai, Joênia Wapichana, diretamente da COP28, conversou com a Mídia NINJA e deu sua declaração sobre o ocorrido.

“Infelizmente recebemos a notícia de que a Funai sofreu uma emboscada. A Terra Indígena Apyterewa está em um processo de desintrusão. O que se pode ver é que existe muita resistência para se cumprir uma determinação constitucional que é ter a Terra Indígena de volta a posse indígena. Com essa operação, as autoridades brasileiras estão em busca de justiça aos povos indígenas.”

 

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, em decisão proferida no final de novembro, assegurou à União a continuidade do plano de desintrusão das terras indígenas Apyterewa e Trincheira Bacajá.

Em outubro, uma operação anterior no Pará resultou na apreensão de 64 metros cúbicos de madeira e aplicação de mais de R$ 4 milhões em multas. As madeiras foram doadas à Funai para uso na reforma de pontes fora da Terra Indígena, beneficiando a região de São Félix do Xingu e comunidades ao redor da Terra Apyterewa.