Durante sua gestão no Ministério da Justiça, Dino enfrentou a crise gerada pelos atos golpistas de 8 de janeiro, e também editou normas para diminuir o acesso a armas

Foto: Senado

Em uma sessão no plenário do Senado nesta quarta-feira (13), foi aprovada a indicação do ministro da Justiça, Flávio Dino, para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF). Com 47 votos a favor e 31 contra, Dino, de 55 anos, foi governador do Maranhão, senador, deputado e juiz federal.

A votação, realizada de forma secreta, seguiu-se à aprovação do subprocurador Paulo Gonet para a Procuradoria-Geral da República (PGR), com 65 votos favoráveis e 11 contrários.

Antes da votação no plenário, ambos foram sabatinados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde Flávio Dino recebeu 17 votos a favor e 10 contra, enquanto Gonet teve 23 votos a favor e 4 contra.

Atuação de Flávio Dino no Ministério da Justiça

Flávio Dino foi anunciado como ministro da Justiça por Lula no início de dezembro de 2022, durante o período de transição governamental. Seu primeiro discurso no cargo prometeu a resolução definitiva do caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, colaborando com a Polícia Federal nas investigações.

Dino também editou uma portaria permitindo a entrada de garrafas de água para uso pessoal em eventos no país, em resposta à morte de uma jovem no show da cantora Taylor Swift no Rio de Janeiro.

Durante sua gestão no Ministério da Justiça, Dino enfrentou a crise gerada pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Sua atuação foi contestada pela oposição, que o convocou várias vezes para prestar esclarecimentos no Congresso Nacional. Dino foi o ministro que mais compareceu em audiências convocadas por deputados.

Dino também trabalhou na elaboração de um novo decreto sobre armas, restringindo o acesso de civis a armamentos e munições, e coordenou operações da Polícia Federal para apreensão de armas irregulares.