Foto: Reprodução / B24PT

Protesto antes do jogo! A seleção alemã posou para a foto oficial do jogo de estreia contra o Japão com a mão tapando a boca em sinal de protesto apontando silenciamento da FIFA.

Existia a possibilidade do goleiro alemão Manuel Neuer entrar com a braçadeira de capitão com “One love”, o que não aconteceu. Nesta terça-feira (22), a Federação Alemã de Futebol (DFB) informou que considera apelar contra a medida que proibia o uso.

“Queríamos usar a nossa braçadeira de capitão para nos posicionarmos sobre os valores que defendemos na seleção da Alemanha: diversidade e respeito mútuo. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos não são negociáveis”, diz trecho da nota divulgada pela Federação Alemã.

De acordo com o jornal alemão Bild, a DFB pode entrar com um recurso no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), com sede em Lausanne, na Suíça, contra a proibição. O órgão, no entanto, se dedica à resolução de disputas no campo do esporte.

Em entrevista coletiva, o técnico Hansi Flick também abordou o assunto. E lamentou a proibição imposta pela Fifa.

“O objetivo da braçadeira era a equipe dar o exemplo. É um sinal da diversidade e dos valores que representamos e pelos quais vivemos. Tratamos uns aos outros com muito respeito e apreço, mas quando se trata de apreço e respeito, há partes que não veem dessa forma”, disse Flick.

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O técnico alemão também disse que caso a punição imposta pela Fifa fosse a advertência com um cartão amarelo ao capitão do time não haveria problema em usar a braçadeira. Porém, como a entidade não deu detalhes de como seria a punição a ser imposta, há o receio de algo mais pesado.

“Cartões amarelos não teriam sido um problema, mas a maneira como você deixa isso em aberto e ameaça sanções foi difícil. Não houve tempo para reagir a isso, então as federações disseram que estávamos tirando a pressão dos jogadores. Acho uma pena que não possamos mais defender os direitos humanos”, lamentou o técnico alemão.

“O time está chocado e insatisfeito por não ser viável dar o exemplo pelos direitos humanos e pela diversidade. Pelos valores pelos quais vivemos”, finalizou.

Com informações de GE