Sabotage em entrevista dada cerca de seis meses antes de sua morte Foto: Divulgação/13 Produções

As pessoas perguntam o que Sabotage estaria cantando? E como seriam seus videoclipes? Uma das certezas que a Família tem é que as diferenças sociais, a violência policial e o descaso público estariam presentes, em sua poesia cortante.

Então Pais da Fome Homens Animais, o videoclipe, virava um desafio, um protesto, um encontro de 20 anos de imagem, no Brasil, onde pouca coisa mudou. Para esta missão a Família convidou o Mídia NINJA, com imagens de cobertura atuais e nacionais, que casassem com o material inédito arquivado, e ressaltasse o Racismo, a Violência e a Miséria sistêmicos do Brasil.

A música já tinha uma trajetória especial. Foi composta no final da década de 90, de acordo com os primeiros registros. Numa visita inusitada, como sempre, ao QG do Selo Instituto, em 2002, Maurinho deixou a segunda versão registrada. E finalmente foi lançada no álbum póstumo lançado em 2016.

Outra empreitada se armou para o videoclipe. Ivan Ferreira da 13 P (Doc. Maestro do Canão) chacoalhou os arquivos e imagens inéditas podem ser vista do eterno Maurinho. Destaque para as cenas Ao Vivo, gravada por Mano Biza, e em especial para o manuscrito que inspirou a arte gráfica, desenvolvida de Rafael Cerqueira.

Manuscritos históricos e em série chegam em 2021, em formato de livro biográfico a preços populares por todo Brasil. Na sequência, Sabotage o filme, em fase de roteiro, deve chegar as telonas em 2022. O tão esperado show de holograma foi postergado, pelas limitações da pandemia, então uma nova experiência de AI (Inteligência Artificial) entrou em ação. No que depender da Família #SabotageVive por muitas outras décadas!

Quem sabe pra ver um Pais mais como Cabeça de Nego…

“Meu pai estaria fazendo o maior barulho com as políticas públicas inexistentes dentro das favelas“, diz Sabotinha filho do Maestro.

“Não e fácil seguir com o legado musical, um projeto esportivo e outro social, que atende a diversas comunidades, sem apoio algum do sistema, mas qual a outra opção? Olha para as nossas periferias! E assustador”, pontua Tamires, a filha.