O segundo dia de votação da controversa “Lei Ônibus” na Argentina gerou uma série de protestos e um cenário de grande tensão, com o governo de Javier Milei buscando a aprovação de uma série de leis ultraliberais, gerando preocupações significativas sobre o futuro do país.

Nas ruas, uma multidão pede uma ação permanente através de protestos massivos contra as propostas. No entanto, os manifestantes enfrentam uma dura repressão por parte das forças de segurança, levando a confrontos cada vez mais intensos.

O pacote abrangente, que está sendo debatido no Congresso, propõe privatizações, demissões em massa e retrocessos nos direitos humanos. Surpreendentemente, o tema da legalização do aborto também foi incluído no controverso conjunto de medidas.

A “Lei Ônibus”, nomeada em referência ao veículo que conduzirá as mudanças propostas, recebeu apoio condicional da base aliada macrista e de parte da oposição do partido Radical.

Com 664 artigos, a lei busca declarar emergência pública nas áreas econômica, financeira, fiscal, de segurança e defesa. Isso concederia amplos superpoderes ao presidente Javier Milei até dezembro de 2025, com a possibilidade de prorrogação por mais dois anos, abrangendo todo o seu mandato.

A mobilização foi convocada pelo Polo Obrero, pelo MST, pelos Barrios de Pie e por diversos piquetes da FIT, além do centro estudantil da Faculdade de Ciências Sociais, dos trabalhadores do Madygraf e do grupo Unidxs por la Cultura.