O PSOL elegeu neste domingo a maior bancada de deputados federais da história do partido, com 12 parlamentares na Câmara dos Deputados, a partir de 2023. A bancada será formada por maioria feminina e importante representatividade de negros e negras, assim como de indígenas e até a primeira mulher trans eleita para a história do Congresso Nacional.

A candidatura com o maior número de votos em São Paulo foi do PSOL, através de Guilherme Boulos, que conseguiu mais de um milhão de votos, se consolidando como uma das principais lideranças da esquerda brasileira. Também foi eleita Erika Hilton, que teve expressivos 256.903 votos e foi uma das 10 candidaturas mais votadas de SP. Ela se torna a primeira mulher trans a ser eleita para o Congresso Nacional Brasileiro.

Outra histórica eleição foi a de Sonia Guajajara, deputada federal eleita pelo PSOL com 156.966 votos em SP, a mulher indígena mais votada do país. Ela formará a Bancada do Cocar a indígena Célia Xakriabá, eleita com 101.154 votos em Minas Gerais.

Em São Paulo, o partido também reelegeu Sâmia Bomfim e Luiza Erundina, que permanecem em Brasília para mais quatro anos de mandato.

No Rio de Janeiro, Talíria Petrone se reelegeu com uma histórica votação de 198.548 votos, a terceira candidatura mais votada do estado. Entre os 10 mais votados do RJ também ficou Tarcísio Motta, vereador do PSOL no Rio e que agora vai para Brasília após receber 159.928 votos.

O guerreiro Chico Alencar volta ao Congresso Nacional, eleito novamente pelo partido após ter representado o PSOL na Câmara entre 2005 e 2018. O aguerrido Glauber Braga também se reelegeu para mais quatro anos de mandato pelo PSOL. Além disso, se junta a eles o Pastor Henrique Vieira, negro, evangélico e progressista também eleito no Rio de Janeiro pelo partido.

A deputada federal Fernanda Melchionna também foi reeleita deputada federal pelo Rio Grande do Sul, com 199.894 votos, a quarta maior votação do estado.

Diversidade nas Assembleias Legislativas

O PSOL elegeu 20 deputados estaduais pelo Brasil, além de dois deputados distritais no DF, e leva essa diversidade também às Assembleias Legislativas de vários estados brasileiros. Dentre os 22 parlamentares, homens e mulheres representam o mesmo número de eleitos.

Em São Paulo, a bancada do PSOL na Alesp será composta pelo reeleito Carlos Giannazi e o mandato coletivo Bancada Feminista, ambos entre as 3 candidaturas mais votadas do estado. Também foram eleitas Ediane Maria e Mônica do Movimento Pretas, ambas candidaturas de mulheres negras, assim como o jovem Guilherme Cortez, que completa a bancada do PSOL no estado.

No Rio de Janeiro, Renata Souza se reelegeu deputada estadual como a terceira mais votada do estado. Também foram reeleitos Flávio Serafini e Dani Monteiro, que recebem a companhia de Professor Josemar e Yuri Moura na expressiva bancada parlamentar eleita pelo PSOL para a Alerj.

No Rio Grande do Sul, Luciana Genro foi a segunda mais votada do estado e se reelegeu para mais um mandato na Assembleia Legislativa do estado. Para a próxima legislatura ganha a companhia de Matheus Gomes na bancada do PSOL, o quinto mais votado do RS.

Fábio Félix também se reelegeu pelo PSOL no Distrito Federal como o deputado distrital mais bem votado. Ele recebe a companhia de Max Maciel, também eleito pelo partido e o terceiro mais votado do DF.

Outra que se elegeu entre as cinco candidaturas mais bem votadas do seu estado foi Camila Valadão, que assumirá como deputada estadual no Espírito Santo. Linda Brasil também se elegeu deputada estadual em Sergipe pelo PSOL entre as 10 candidatas mais votadas e será a primeira mulher trans na história da Assembleia Legislativa do estado.

Outros eleitos e eleitas pelo PSOL para as Assembleias Legislativas de seus estados foram Renato Roseno no Ceará, Hilton Coelho na Bahia, Dani Portela em Pernambuco, Lívia Duarte no Pará, Bella Gonçalves em Minas Gerais e Marquito em Santa Catarina.

Com informações do PSOL