Aplicativo ajuda a reduzir as perdas energéticas em prédios residenciais na Escócia (Divulgação/NovoVille)

Rebecca Lorenzetti, da Cobertura Colaborativa NINJA na COP26

Inteligência artificial, aplicativos e sistemas de análises de dados, entre outros, são alguns dos recursos tecnológicos que estão sendo utilizados para a transição energética e descarbonização, por exemplo. Este foi o foco do painel titulado “Tecnologia e dados são a chave para salvar o meio ambiente”, realizado nesta quinta-feira (12), na 26ª Conferência Mundial sobre o Clima (COP26).

O CEO da Public, Daniel Korski foi o mediador do encontro que reuniu especialistas da área para compartilharem suas experiências.

O diretor de campanha política da COP26, Simon Sharpe, por exemplo, apresentou projetos de casas com telhado verde. Segundo ele, já estão gerando uma redução significativa na descarbonização. Ele ressaltou que é preciso que haja uma transição de sistema e a inovação e agora estamos de frente a um ponto chave de transição. “Por exemplo, quando cavalos foram substituídos por carros, o que estava em questão não era apenas a mudança de meio de transporte, mas a forma de fazer as coisas, ou seja, uma transição de sistema”, disse.

Para uma transição ocorrer é necessário que as pessoas e principalmente os tomadores de decisão enxerguem benefícios envolvidos que ultrapassem a descarbonização. Atualmente a indústria de energia do mundo todo já enxerga a energia solar como a melhor forma de se produzir energia porque além de ser uma fonte renovável e sustentável ela também é barata e simples de ser implementada. A inovação na sustentabilidade representa essa intersecção de benefícios na busca pela melhor solução.

Quando as mudanças climáticas foram discutidas 30 anos atrás, as pessoas achavam que a emissão de carbono da Terra deveria ser dividida como um bolo e cada país ficaria responsável pela redução de emissões da sua fatia do bolo. Hoje percebe-se que a fatia de bolo de redução de carbono não é o mais importante, e sim pensar soluções globais que sejam responsáveis não apenas por reduzir quantitativamente as emissões, mas por uma transição ecológica e inovadora.

Um dos projetos, apresentado por Louis Dallencourt, da NovoVille, falou sobre aplicativo que tem como objetivo reduzir as perdas energéticas em prédios residenciais na Escócia através de um mapeamento de perdas e a proposta de busca integrada de solução entre os moradores através do aplicativo.

Além desse projeto foram apresentados outros na área de gestão de água, gestão de emissões e resíduos sólidos. A mesa se encerrou concluindo que projetos que incluem a tecnologia e a inovação são fundamentais e podem sem um ponto de partida para a construção de políticas públicas que incentivem a luta contra as mudanças climáticas com o objetivo de alcançar as metas propostas e os acordos firmados pelas nações na COP26.

 

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