Prisão de ativista dos direitos dos imigrantes nos EUA gera protestos

Ravi Ragbir, importante ativista dos EUA, conhecido por lutar pelos direitos de imigrantes, foi preso ao realizar sua checagem de imigração, prática comum com todos os cidadãos e cidadãs que passam a morar  no país como ele, que é de Trinidad e Tobago. Isso levou a um protesto em Nova Iorque, em frente ao escritório onde Ravi foi detido.

Os manifestantes tentaram bloquear a saída da ambulância onde o ativista estava para impedir sua detenção, o que levou a uma escalada de violência policial. Dois Conselheiros da cidade foram detidos junto a outras 16 pessoas, marcando mais uma vez a repressão das forças policiais contra um protesto que critica as novas políticas migratórias e racistas de Donald Trump.

O argumento usado pela polícia para realizar as detenções foi o impedimento da saída da ambulância que levava Ravi. Autoridades disseram ser crime impedir a mobilidade do carro de emergência, mesmo não levando nenhum doente. Nem as dezenas de câmeras inibiram as autoridades de agir violentamente, interrompendo um protesto democrático no país que se diz o bastião da democracia.

Diversos padres e pastores de diferentes religiões também estiveram presentes no protesto reforçando o importante papel do ativista. Ravi Ragbir sofre com acusações de fraude de um antigo emprego em um banco e já passou dois anos preso. Apesar de todas denúncias, sempre alegou inocência.

Mesmo com toda mobilização, o presidente dos EUA Donald Trump da continuidade a sua política racista e xenofóbica. Ontem,  em reunião com seus congressistas questionou por que deveriam “ter todas essas pessoas desses ‘países de merda’ por aqui”, comentando sobre a presença de imigrantes de países da América Central e África nos EUA. A declaração gerou forte repercussão, levando até o posicionamento da ONU sobre, que afirmou que a frase é racista e vergonhosa.