Os acusados Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos no Rio de Janeiro no último domingo e tiveram suas prisões mantidas após audiência de custódia

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A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria de votos para confirmar a decisão do ministro Alexandre de Moraes, que prendeu três mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 2018.

Os ministros Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino, ao lado do próprio ministro Alexandre de Moraes, votaram favoravelmente às prisões e outras medidas cautelares determinadas na operação deflagrada no último domingo (24) contra os investigados. Resta apenas o voto do ministro Luiz Fux para completar a análise, que deverá ser encerrada até às 23h59 desta segunda-feira.

Dos ministros que votaram para confirmar a decisão de Moraes, apenas Flávio Dino apresentou seu voto com argumentação. Ele destacou que a “leitura das peças processuais revela a possibilidade de configuração de um autêntico ecossistema criminoso em uma unidade federada”.

Os suspeitos Domingos Brazão, Chiquinho Brazão e Rivaldo Barbosa foram presos no Rio de Janeiro no último domingo e tiveram suas prisões mantidas após audiência de custódia. Posteriormente, foram transferidos para Brasília e encaminhados à penitenciária federal no Distrito Federal.

Além das prisões, a decisão de Moraes determinou o afastamento das funções públicas do delegado Giniton Lages e do comissário Marco Antônio de Barros Pinto, que atuavam na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro na época do crime.

Giniton Lages foi o delegado responsável pelo início da investigação do caso, indicado pelo então chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, que também foi preso no último domingo. Ambos são suspeitos não apenas de terem acobertado o crime, mas também de terem avalizado o assassinato.

*Com informações do G1

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