Em declarações à imprensa e em suas redes sociais, o prefeito afirmou: “Não vou aceitar utilizar espaço público municipal para esse tipo de evento. Enquanto eu for prefeito desta cidade, isso jamais vai acontecer”

Foto: reprodução

O prefeito José Thomé, da cidade de Rio do Sul (SC), censurou uma mostra de cinema LGBTQIAPN+ que estava programada para acontecer na Fundação Cultural Municipal nos dias 27 e 28 de março.

O evento, que faria parte da 2ª Mostra Itinerante do festival Transforma, foi suspenso pelo prefeito sob a justificativa de defesa dos “princípios cristãos e da família”. Em declarações à imprensa e em suas redes sociais, o prefeito afirmou: “Não vou aceitar utilizar espaço público municipal para esse tipo de evento. Enquanto eu for prefeito desta cidade, isso jamais vai acontecer. E quero deixar muito claro que não sou bolsonarista, direita radical, nada disso. Isso nem me interessa. Mas eu sou cristão. Sou pai de família”.

A mostra de cinema, criada pela produtora Bapho Cultural em parceria com a Associação em Defesa dos Direitos Humanos com Enfoque na Sexualidade, contava com o apoio da Fundação Catarinense de Cultura e tinha como objetivo promover a diversidade e inclusão através da sétima arte. O evento oferecia oficinas de produção cultural e uma sessão gratuita de filmes LGBTQIAPN+, que seriam exibidos em cinco municípios catarinenses durante o mês de março.

Diante da proibição em Rio do Sul, a equipe organizadora decidiu suspender temporariamente as atividades da II Mostra Itinerante na cidade, preocupada com possíveis represálias. A atitude do prefeito gerou críticas, sendo considerada um ato de censura e LGBTfobia.

É importante destacar que a proibição do evento levanta questões sobre liberdade de expressão e direitos LGBTQIAPN+, especialmente em um contexto onde a diversidade e inclusão são valores fundamentais para uma sociedade democrática e plural.

Até o momento, a Fundação Cultural de Rio do Sul não se pronunciou oficialmente sobre a decisão do Executivo municipal. Entretanto, a atitude do prefeito Thomé despertou debates sobre o papel do poder público na promoção da diversidade cultural e no respeito aos direitos humanos.