Foto: Brenda Torres

Neon Cunha participou da abertura do Festival Latinidades, o maior Festival da Mulher Negra da América Latina, que completou 15 anos em 2022. E também neste 2022, o dia da Mulher Negra, o 25 de julho, fez 30 anos.

Em todos os lugares, se falou sobre o que essa data significa, mas Neon leva o debate mais adiante:

“Mais do quem um símbolo, no 25 de julho, precisamos falar sobre a tomada direito de existência das mulheres negras no Brasil”.

Confira:

https://twitter.com/planetaella/status/1553032248840036354?s=20&t=OC_IPDht-FcIN22xBcC7lQ

Neon se apresenta como uma mulher negra, ameríndia e transgênera, ativista independente, questionadora da branquitude e da cisgeneridade tóxicas. Durante sua participação no Latinidades, ela falou sobre pertencimento também e relembrou histórias sobre identidade da mulher negra:

“Não é se entender como mulher negra, é sobre como eles vão construir esse processo como ideia de destino. Ideia de destino com exclusão”. 

A luta não é para ser reconhecida mas sim não definida. “Não precisei ser reconhecida negra”.

Neon conta uma situação que acontecia em su família, e que era dolorido para ela e sua mãe.

“Eu nasci preta, nasci condenada ao não afeto pela parte branca da família.” Sua avó era portuguesa e suas tias diziam que “essa é a que Julia não carregaria” porque ela era negra.

Por isso Neon fala que o julho é sobre o direito de existir. Mulheres negras resistem, mas também precisam poder somente existir.

Neon com Larissa Pankararu e Chirley Pankará na abertura do Festival Latinidades 2022. Foto: Karol Leal