
Foto: Brenda Torres
Neon Cunha participou da abertura do Festival Latinidades, o maior Festival da Mulher Negra da América Latina, que completou 15 anos em 2022. E também neste 2022, o dia da Mulher Negra, o 25 de julho, fez 30 anos.
Em todos os lugares, se falou sobre o que essa data significa, mas Neon leva o debate mais adiante:
“Mais do quem um símbolo, no 25 de julho, precisamos falar sobre a tomada direito de existência das mulheres negras no Brasil”.
Confira:
"O 25 de julho é uma tomada de direitos de existência das mulheres negras de mais diversas possibilidades". Neon Cunha conversou com a gente no Latinidades sobre o que o dia da mulher negra significa
🎥@koraineleal/ @MidiaNINJA #NINJAnoLatinidades pic.twitter.com/LSL0ET1Ixd— ELLA (@planetaella) July 29, 2022
Neon se apresenta como uma mulher negra, ameríndia e transgênera, ativista independente, questionadora da branquitude e da cisgeneridade tóxicas. Durante sua participação no Latinidades, ela falou sobre pertencimento também e relembrou histórias sobre identidade da mulher negra:
“Não é se entender como mulher negra, é sobre como eles vão construir esse processo como ideia de destino. Ideia de destino com exclusão”.
A luta não é para ser reconhecida mas sim não definida. “Não precisei ser reconhecida negra”.
Neon conta uma situação que acontecia em su família, e que era dolorido para ela e sua mãe.
“Eu nasci preta, nasci condenada ao não afeto pela parte branca da família.” Sua avó era portuguesa e suas tias diziam que “essa é a que Julia não carregaria” porque ela era negra.
Por isso Neon fala que o julho é sobre o direito de existir. Mulheres negras resistem, mas também precisam poder somente existir.

Neon com Larissa Pankararu e Chirley Pankará na abertura do Festival Latinidades 2022. Foto: Karol Leal