As consequências das crises climáticas são piores para grupos mais vulneráveis (MINUSTAH/Logan Abassi/ONUnews)

 

Deborah Lopes, para a Cobertura Colaborativa NINJA na COP 26

O termo justiça climática representa a defesa dos direitos de grupos marginalizados que são diretamente afetados pelas mudanças climáticas. Esse movimento correlaciona a justiça social com os problemas ambientais, focando nos indivíduos que têm suas vidas ameaçadas, por exemplo, por eventos climáticos extremos.

Quem são os grupos mais atingidos pelas mudanças climáticas?

Quando refletimos em quem é diretamente atingido pelas mudanças climáticas, temos que pensar nas comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas, pessoas em situação de vulnerabilidade socioeconômica e pessoas negras. Discutir os impactos ambientais, portanto, é discutir direitos sociais.

Mudanças climáticas estão ligadas às desigualdades sociais

Segundo os preceitos da justiça climática, o prejuízo a grupos vulneráveis é reflexo da desigualdade e do sistema econômico vigente, que visa o desenvolvimento desenfreado, sem levar em conta as consequências. Esse sistema que impulsiona as crises climáticas já é responsável pela marginalização das classes sociais citadas, de forma que não dá para falar em emergência climática sem falar de racismo, poder popular, igualdade e classicismo.

Consequências para as comunidades locais

As consequências das crises climáticas são sentidas principalmente por grupos da sociedade que são mais vulneráveis socialmente. São elas: a questão do deslocamento humano, o que gera os chamados refugiados ambientais; secas extremas causando um desequilíbrio no sistema alimentar; incêndios que causam devastação da flora e da fauna e a emergência de novas pandemias.

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