A Secretaria de Segurança Pública decidiu não afastar os policiais militares que cometeram uma série de agressões contra um cadeirante na comunidade Cantagalo, em Piracicaba, interior de São Paulo. As imagens vieram à tona nesta segunda-feira (01), expondo um episódio alarmante de violência policial.

Os vídeos mostram um jovem, inicialmente sentado na calçada, sendo agredido com um cassetete por um dos policiais. Em seguida, o jovem se levanta e busca refúgio dentro de sua própria residência, mas os agentes o seguem e continuam as agressões. Dentro da casa, um homem cadeirante, identificado como pai do jovem, confronta os policiais, questionando o motivo da abordagem e pedindo o fim das agressões.

A situação se agrava quando um dos policiais se aproxima do idoso cadeirante e o empurra. Em uma reação chocante, o policial desfere um chute contra o homem vulnerável, além de empurrar um armário sobre ele.

De acordo com a versão oficial da Polícia Militar, os policiais da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (ROCAM) estavam em patrulhamento pelo bairro quando avistaram um motociclista em “atitude suspeita”.

Familiares e testemunhas contestam essa versão, alegando que o jovem não representava ameaça e que a ação dos policiais foi desproporcional e injustificada. O advogado da família, José Luiz, afirmou que um boletim de ocorrência contra os policiais está sendo registrado e denúncias de agressão e invasão de domicílio serão formalizadas.

Em resposta às acusações, a PM informou que um Inquérito Policial Militar (IPM) foi instaurado para investigar o caso, mas decidiu não suspender do serviço das ruas os PMs envolvidos.

Diante da crescente preocupação com a conduta policial e os direitos civis, a comunidade exige uma investigação completa e transparente, buscando justiça para as vítimas e medidas concretas para prevenir futuros abusos.