A hora da Polícia Federal (PF) mostrar sua independência. A PF vai investigar as denúncias de Paulo Marinho, suplente de Flávio Bolsonaro e um dos coordenadores da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência. Ele afirma que integrantes da PF informaram a Flávio sobre a operação que seria deflagrada contra Queiroz e seguraram o início das investigações em 2018 para não atrapalhar as eleições de Bolsonaro.

A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) a PF também deve ouvir o depoimento de Marinho no inquérito já aberto que investiga a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal.

Caso haja a acusação contra o presidente nesse inquérito, o pedido vai para a Câmara, que precisa autorizar sua continuidade, com voto de dois terços. Se aprovada, a denúncia vai ao Supremo Tribunal Federal (STF) que, caso aceite a abertura de ação penal, deverá afastar Bolsonaro por 180 dias da presidência da República para a continuidade das investigações e julgamento.

Uma frente de deputados federais já havia entrado com representação no STF para que Flávio Bolsonaro e Paulo Marinho sejam ouvidos no inquérito aberto para investigar a intervenção de Bolsonaro na PF.