A ação da PF acontece após uma operação que resultou em buscas e apreensões em endereços ligados ao tenente-coronel Mauro Cid, e seu pai, general Mauro Lourena Cid

Jair Bolsonaro. Foto: Daniel Marenco

A Polícia Federal pediu a quebra do sigilo fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro, no desdobramento da investigação que envolve  negociações ilegais de joias que deveriam ser do acervo nacional.

A ação da PF acontece após uma operação que resultou em buscas e apreensões em endereços ligados ao tenente-coronel Mauro Cid, antigo ajudante de ordens de Bolsonaro. As diligências também foram estendidas à residência do pai de Cid, o general da reserva Mauro Lourena Cid.

A operação em questão está centrada na possibilidade de militares associados ao ex-presidente terem negociado joias de maneira ilícita. O montante das transações é suspeito de ultrapassar a marca de R$ 1 milhão. As joias sob investigação foram presentes destinados à Presidência durante o período de mandato de Bolsonaro. Segundo as normas, tais itens deveriam ser incorporados ao patrimônio do Estado, e não de um indivíduo, de acordo com informações da TV Globo.

O pedido da PF para a quebra de sigilo tem como objetivo esclarecer se os recursos provenientes das joias foram direcionados a Bolsonaro e se os fundos utilizados para a recompra das joias tiveram origem no ex-presidente. Contudo, a autorização definitiva para essa medida ainda está pendente de aprovação judicial.

A operação, que teve início nesta sexta-feira, visa indivíduos vinculados ao ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeitos de terem envolvimento na tentativa ou até mesmo na comercialização de presentes recebidos por membros do governo durante viagens oficiais. Quatro mandados de busca e apreensão foram executados em diversas localidades, incluindo Brasília (DF), São Paulo (SP) e Niterói (RJ).

Os alvos identificados até o momento incluem o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro; Mauro Lourena Cid, militar e pai de Mauro Cid; Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; e Frederick Wassef, advogado que já atuou em serviços jurídicos para Bolsonaro e seus familiares.

Conforme as informações divulgadas pela PF, os crimes sendo apurados na operação abarcam lavagem de dinheiro e peculato, que envolve a apropriação indevida de bens público.

*Com informações do G1