Celular do tenente-coronel Mauro Cid embasa quatro investigações da Polícia Federal; confira

Foto: Isaac Nóbrega/PR

A Polícia Federal (PF) iniciou a perícia nos celulares do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de seu ex-assessor, o tenente-coronel do Exército Mauro Cid, que foi preso durante a operação que investiga supostas fraudes em cartões de vacinação do ex-presidente e aliados.

O celular de Bolsonaro foi apreendido em sua casa, localizada em um condomínio no bairro Jardim Botânico, em Brasília. Já o ex-assessor teve seu celular apreendido juntamente com US$ 35 mil e R$ 16 mil em dinheiro vivo em sua residência no Setor Militar Urbano (SMU).

A PF suspeita que Mauro Cid tenha praticado lavagem de dinheiro e está avaliando a abertura de um inquérito à parte para investigar o possível crime.

Fraude em dados de vacinação

A investigação da PF se concentra em um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde, incluindo a falsificação nos cartões de vacinação de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos. A PF apura se essa fraude teria sido feita com o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro e sua equipe nos Estados Unidos, burlando as regras de vacinação obrigatória no país.

A operação, chamada de Venire, já resultou na prisão de seis pessoas, incluindo Mauro Cid, o sargento Luis Marcos dos Reis, o ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, o policial militar Max Guilherme, o militar do Exército Sérgio Cordeiro e o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha. A PF continua as investigações para esclarecer o caso.