A Polícia Federal está cada vez mais próxima de indiciar Michelle Bolsonaro no caso das joias, de acordo com informações obtidas por fontes ligadas às investigações. Embora Michelle ainda seja chamada a depor, as evidências coletadas até o momento são consideradas substanciais o suficiente para sustentar o processo de indiciamento.

“Com certeza ela será indiciada, não há margem para dúvidas”, afirmou um agente da Polícia Federal ao blog da Andreia Sadi, no G1, que preferiu manter o anonimato. Ainda não foram especificados os possíveis crimes pelos quais Michelle Bolsonaro será indiciada, mas as averiguações abrangem suspeitas de peculato, que envolve a apropriação indevida de recursos públicos, bem como lavagem de dinheiro.

A operação em questão teve início na última sexta-feira (11), quando a Polícia Federal lançou uma ação com foco na investigação de apropriação indevida de presentes oficiais recebidos durante o governo Bolsonaro. As suspeitas recaem sobre a possibilidade de venda ilegal desses itens, que legalmente pertencem ao patrimônio da União, que devem ter chegado a R$ 1 milhão.

Os investigadores têm conduzido a apuração com cautela, avançando gradualmente nas investigações. Os alvos iniciais da operação são indivíduos que tiveram relações próximas com o governo Bolsonaro:

  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e com a patente de tenente-coronel do Exército;
  • Mauro Cesar Lorena Cid, pai de Mauro Cid e general da reserva do Exército;
  • Osmar Crivelatti, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército;
  • Frederick Wassef, advogado que já representou Bolsonaro e seus familiares em diversas disputas judiciais.

A Polícia Federal ainda não divulgou detalhes específicos sobre as evidências que respaldam as suspeitas de apropriação indevida de presentes oficiais. No entanto, as fontes procuradas por Sadi afirmam que os investigadores têm se dedicado a reunir provas contundentes para embasar o indiciamento e o prosseguimento do processo.