O desdobramento da investigação baseia-se em uma série de eventos que culminaram na prisão preventiva de Silvinei, na última quarta-feira

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Na mais recente reviravolta de uma investigação em andamento, a Polícia Federal conduziu a apreensão de telefones celulares de superintendentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os agentes federais agiram após detectar indícios preocupantes de que os dirigentes poderiam estar orquestrando versões alinhadas de seus depoimentos.

A suspeita é de que essa ação tinha como objetivo proteger o ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, de possíveis consequências legais. As autoridades estão focadas em determinar se houve diálogos e trocas de mensagens destinadas a coordenar as declarações e, ao mesmo tempo, buscam esclarecimentos sobre uma reunião que, alegadamente, influenciou as operações no segundo turno das eleições.

O desdobramento da investigação baseia-se em uma série de eventos que culminaram na prisão preventiva de Silvinei, na última quarta-feira. No mesmo dia, a Polícia Federal ouviu cerca de 50 dirigentes da gestão anterior da PRF, suspeitando que eles pudessem ter tomado parte em uma reunião para planejar operações durante o segundo turno eleitoral. Tais atividades foram, supostamente, associadas a dificuldades de mobilidade de eleitores em regiões onde Luiz Inácio Lula da Silva tinha um forte apoio.

Os indícios levantados até o momento sugerem que a reunião em questão pode ter sido palco de direcionamento político, buscando favorecer o então candidato Jair Bolsonaro, apoiado por Silvinei. A apreensão dos telefones celulares dos dirigentes da PRF foi motivada pela falta de “lembranças claras” desses membros quanto aos detalhes da reunião, de acordo com fontes próximas à investigação.