A mudança é necessária: a sociedade está repensando como produzir e como consumir (Karolina Grabowska /Pexels)

 

Teca Curio, para a Cobertura Colaborativa NINJA na COP26

Durante a 26ª Conferência Mundial sobre o Clima, a COP26, impactos das mudanças climáticas na agricultura e na produção de alimentos foram tema do painel “Agricultura sustentável e combate do desmatamento e conversão de commodities agrícolas”.

A produção de alimentos e o uso da terra são os dois fatores que mais impulsionam as emissões de gases do efeito estufa em todo mundo. Ambos, são responsáveis pelos altos índices de desmatamento, conversão de ecossistemas e habitats naturais e perda de biodiversidade.

Para a diretora do IDH do Reino Unido, Ruchira Joshi, uma das integrantes do painel, é preciso repensar o uso da terra e que não há como dissociar desmatamento da agricultura. “Por muito tempo os desafios do desmatamento e agricultura foram discutidos separados. Precisamos unir forças e encontrar soluções para esta crise climática também pela perspectiva dos produtores, grupos rurais e indígenas e da comunidade em geral”.

Para se ter a ideia da vultuosidade do setor, o consumo de insumos da agricultura alcança 12 milhões de toneladas e 63% da produção agrícola vem de regiões tropicais e por isso, os prejuízos são enormes. Desde 2002 mais de 60 milhões de hectares de floresta primária foram perdidos nos trópicos.

Os painelistas debateram ainda, quais os desafios que o setor terá pela frente, quais possíveis soluções para as mudanças climáticas e ainda, maneiras de fornecer meios sustentáveis de subsistência para os produtores de alimentos.

A representante da varejista britânica Tesco, Anna Turrel disse que “a sociedade está repensando como produzir e como consumir. Não temos muito tempo a perder, eu vejo todos os dias na mídia os impactos  das mudanças climáticas”.
A maior urgência, neste momento, é repensar a agricultura e o uso da terra e tomar medidas globais sobre as florestas e ecossistemas críticos.

Participaram ainda, o presidente da união dos produtores da Escócia, Martin Kennedy; a oficial do projeto Nutrir a Escócia, Stephanie Mander e o CEO da confederação da união dos agricultores da África do Sul, Ishmael Sunga.

 

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