Papo NINJA contou com Levi Kaique (Mundo Negro), Juca Guimarães (Alma Preta) e Thais Bernardes (Notícia Preta), sob mediação de Dríade Aguiar (Mídia NINJA).

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“O lugar do preto no telejornal não mudou do século XIX até hoje”, avaliou Thais Bernardes, jornalista do Notícia Preta durante debate no Papo NINJA desta semana. “No século XIX a gente estava em uma página com a manchete ‘procura-se um corpo negro fujão’ ou ‘compra-se um escravo’. Nos jornais de hoje, essa é a editoria geral, o nosso corpo preto continua lá como mercadoria. Como mídia antirracista, o nosso papel é não reproduzir esse tipo de jornalismo”. O debate sobre mídias pretas contou ainda com Levi Kaique, do site Mundo Negro e Juca Guimarães, da agência de notícias Alma Preta. A mediação foi realizada por Dríade Aguiar, da Mídia NINJA.

Levy avalia que boa parte das discussões raciais surgem na internet como se houvesse um “calendário que rola em círculos”. “De repente todos falam de palitarem, antirracismo, mas as pessoas pretas já falavam disso o tempo todo. E sempre que as pautas vinham, elas voltavam do mesmo jeito sem uma evolução do debate. No mainstream era sempre da mesma forma”, disse, ao afirmar que embarcou na produção de conteúdo para poder aprofundar os debates sobre racismo e antirracismo pelo menos em seu círculo de amigos.

Juca Guimaraes traz a perspectiva de um tempo em que cada vez mais pessoas envolvidas com a luta antirracista se envolvem também na produção de narrativas. “Alma Preta busca um nicho de espaço que pouco existia, e uma ampliação de pautas e valores no jornalismo. Em 2021 a gente vai lançar um manual de jornalismo nosso para ajudar inclusive a branquitude”, disse.

O conteúdo completo do debate está no link acima e no IGTV da Mídia NINJA.