Muito mais do que um simples longa-metragem, uma imersão na mente do físico Robert Oppenheimer

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Por Milene de Souza de Espindula

Christopher Nolan foi ousado ao nos oferecer a experiência do Imax com um rolo de 70 milímetros com cerca de 17km de comprimento e 272 quilos com trechos em preto e branco que foram desenvolvidos exclusivamente para a gravação de Oppenheimer. Gravações com câmeras IMAX são o novo padrão de qualidade do cinema no século 21, sendo também o mais caro. O formato IMAX surgiu em meados dos anos 1960 nos Estados Unidos e perdura até a atualidade.

Aqui no Brasil a primeira sala de cinema adaptada para este formato foi inaugurada em São Paulo no ano de 2009, apenas 15 anos atrás! Filmes neste formato são raros, por questões de custo. Então Oppenheimer veio como uma chama para reacender a indústria do cinema e instigar outros diretores e executivos a se valer das novas tecnologias, independentemente de valores, entregar qualidade e experiência imersiva ao espectador como único foco.

Christopher Nolan focou, e conseguiu conquistar o coração de milhares de pessoas sedentas por “CINEMA”, com explosões reais e pouco silêncio, muitos e muitos diálogos, mais de 100 personagens com falas, o ouvinte se sente engolido pela tela. Lapsos temporais do gênio Robert Oppenheimer, parecem tão reais que geram desconforto, emaranhado de sentimentos. 3 horas 9 segundos de tensão, agonia, tesão, e efervescência. Uma experiência visual que expande nossos horizontes. 

Tendo Albert Einstein agora com uma imagem de um senhorzinho pacato que lhe oferece bons conselhos, mesmo sendo um gênio, um dos maiores da humanidade.

Foto: Getty Images

Atuações que valem Oscar 

Com atuação de Cillian Murphy que incorporou o gênio e pai da bomba atômica de forma extraordinária, algo que somente ele conseguiria fazer. Robert Downey Jr. roubou a cena, entre 2h10 e 2h24 de filme o título quase muda de Oppenheimer para Strauss. O ator deu declarações dizendo que a produção foi sem dúvidas o melhor filme de sua carreira. 

As atrizes Emily Blunt e Florence Pugh, que têm grande potencial, foram apagadas e pouco exploradas pelo diretor Christopher Nolan, que chegou a se desculpar com uma das atrizes por falha durante uma cena importante. Matt Damon sempre com os melhores e mais astuciosos papéis, não decepcionou, após quase ter recusado o convite de Christopher Nolan pois iria dar uma pausa na carreira. Aposto que Matt não se arrependeu de ter aceitado. O filme contou com um elenco de estrelas, cada um trazendo seu próprio talento e presença única para a tela. No entanto, é importante reconhecer que nem todos tiveram a oportunidade de mostrar o melhor de si. Apesar da grandeza de seus nomes, alguns podem não ter tido seus talentos totalmente explorados ou aproveitados ao máximo no filme. Mesmo em produções de alto nível, nem sempre todos os talentos recebem a devida atenção e oportunidade para brilhar.

Mensagem principal 

“Oppenheimer” é muito mais do que um filme sobre a história de um dos maiores gênios e inventor da bomba atômica. Ele mergulha profundamente na complexidade da mente humana, explorando dilemas éticos e psicológicos. Assistir e rever esse filme proporciona uma jornada fascinante através das camadas da psique de Oppenheimer, revelando como seus pensamentos e emoções moldaram suas decisões cruciais. Além disso, o filme nos convida a refletir sobre nossos próprios dilemas psicológicos e sobre como lidamos com eles em nossas vidas. É uma experiência que não apenas nos ensina sobre a história, mas também nos convida a uma profunda introspecção sobre os desafios do nosso próprio psicológico.

Onde assistir Oppenheimer? 

No mês de abril, Oppenheimer entrará oficialmente para o catálogo da Prime Video. 

Texto produzido em cobertura colaborativa da Cine NINJA – Especial Oscar 2024