“O Território”, filme brasileiro premiado em Sundance tem coprodução de indígenas Uru-eu-wau-wau
Produzido pelos indicados ao Oscar Darren Aronofsky e Sigrid Dyekjaer, o documentário ganhou Prêmio Especial do Júri de Obra Documental e Prêmio do Público de Documentário do Cinema Mundial no Festival Sundance
Nesta sexta, 28, o filme “O Território”, dirigido pelo estadunidense Alex Pritz e coproduzido pelo povo Indígena Uru-eu-wau-wau, de Rondônia, foi premiado no Festival Sundance de Cinema nas categorias Prêmio Especial do Júri de Obra Documental e Prêmio do Público de Documentário do Cinema Mundial. Produzido por Darren Aronofsky e Sigrid Dyekjaer, cineastas já indicados ao Oscar, o filme retrata a luta do povo Uru-eu-wau-wau contra o desmatamento de seu território, ameaçado por posseiros e agricultores pobres.
“Ganhar esses prêmios é um sonho que se torna realidade tanto a mim quanto para toda a equipe por trás desse projeto”, conta Alex Pritz. “Eu estou muito orgulhoso dessa história e mal posso esperar para compartilhá-la com o resto do mundo”.
Para Bitaté, jovem liderança Uru-eu-wau-wau que figura como um dos protagonistas do longa, “os prêmios em Sundance são muito significativos para nós, porque historicamente nossa existência foi apagada ou marginalizada, mas agora estamos mudando isso. Nosso filme não é só sobre a Amazônia, ele é também feito pela Amazônia e isso é muito importante para o nosso trabalho, nossa luta e para a proteção da floresta”.
Ainda não há data de estreia prevista para o filme “O Território” no Brasil.
Sinopse
O documentário “O Território” oferece um olhar imersivo sobre a luta incansável do povo indígena Uru-eu-wau-wau contra o desmatamento feito por posseiros ilegais e uma associação de fazendeiros não-originários na Amazônia.
Com uma cinematografia inspiradora que mostra a paisagem e um design de som ricamente texturizado, o filme traz o público de maneira profunda à comunidade Uru-eu-wau-wau e fornece acessos sem precedentes a posseiros que limpam ilegitimamente a terra e uma rede de agricultores que defendem o acesso para colonizar o território demarcado Uru-eu-wau-wau.
Parcialmente filmado pelo povo Uru-eu-wau-wau, o documentário usa o estilo cinema verdade, tendo sido capturado ao longo de três anos, enquanto os ativistas têm suas vidas em risco para montar sua própria equipe a fim de expor a verdade.