Megan Rapinoe jogando pelo OL Reign (Foto: NWSL)

Megan Rapinoe jogando pelo OL Reign (Foto: NWSL)

Por: Patrick Simão / Além da Arena

Nos últimos 20 anos, o futebol feminino conquistou uma grande expansão, com mais visibilidade, torneios e investimentos. Nesse período, algumas personagens foram fundamentais e marcaram toda uma geração, que hoje desponta no futebol mundial. Um destes nomes certamente é Megan Rapinoe.

A estadunidense se despediu do futebol profissional em novembro de 2023, com mais uma grande campanha: o vice-campeonato da NWSL, principal liga dos Estados Unidos, com o Seattle Reign (ou OL Reign, como é mais conhecido). Rapinoe infelizmente precisou sair do jogo por lesão. O título ficou com o Gotham FC, da brasileira Bruninha.

Sua trajetória na Seleção nacional começou em 2006, quando tinha 21 anos e atuava no Portland Pilots, onde fez sua base. Entre 2009 e 2012, ela passou pelo Chicago Red Stars, Philadelphia Independence, MagicJack e Seattle Sounders, dos Estados Unidos, e pelo Sidney FC, da Austrália.

Em 2012, conquistou seu primeiro grande título pela Seleção: as Olimpíadas. Na temporada 2012-13, atuou no Lyon, sendo campeã francesa e da Copa da França, iniciando um projeto que nas temporadas seguintes se tornaria uma hegemonia no futebol mundial. No segundo semestre de 2013, chegou ao OL Reign, onde jogou por 10 anos e se tornou uma lenda do esporte. Ela foi campeã da liga nacional em 2014, 2015 e 2022 e foi o grande símbolo da Seleção estadunidense.

Rapinoe conquistou o bicampeonato da Copa do Mundo em 2015 e 2019, além de vencer outros 7 títulos pela Seleção. Em 2019, foi eleita a melhor jogadora do mundo e usou sua visibilidade para falar sobre os movimentos feminista, LGBTQIA+, apoiar o Black Lives Matter e se opor a Donald Trump e à extrema-direita.

Uma lenda se despediu, levando consigo um grande legado dentro e fora dos campos. A geração de Marta, Rapinoe, Sinclair e Sam Kerr está se despedindo. Elas são as ídolas da geração que hoje brilha e são as grandes expoentes da ascensão e desenvolvimento do futebol feminino em todo o mundo.

Megan Rapinoe na Copa do Mundo 2019 (FRANCK FIFE / AFP)