05/11/2016- Brasília- DF, Brasil- A presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, faz visita surpresa ao presídio da Papuda. Foto: Gláucio Dettmar / CNJ

Com 70% das confirmações do novo coronavírus (covid-19) no sistema penitenciário do país, o Distrito Federal tem adotado, desde o dia 7 de maio, novas repartições para os presos em quarentena. O Complexo Penitenciário da Papuda está com quatro blocos disponibilizados apenas para detentos com casos confirmados coronavírus, conforme decisão da Vara de Execuções Penais, publicada no dia 6 de maio.

De cada seis pessoas contaminadas por covid-19 no Distrito Federal, uma está presa dentro da Papuda, um dos maiores sistemas carcerários do País. Os dados oficiais do governo do DF mostram que, nesta terça-feira, dia 12, a capital federal registrava 2.740 casos confirmados pelo coronavírus. Deste total, 443 casos são de detentos da Papuda. Até o momento, não foi confirmada a morte de nenhum preso: 186 se recuperaram, 11 estão na enfermaria do complexo e um está na UTI. Os demais continuam em observação e foram isolados.

Até sexta-feira (8), pelo menos 110 policiais penais da Papuda tinham contraído o vírus e 41 tinham se recuperado, segundo a Subsecretaria do Sistema Penitenciário.

Presos que chegam à Papuda devem ficar alojados em um dos blocos por 21 dias e, só então, são encaminhados para o CDP (Centro de Detenção Provisória). Além disso, deve ser cumprido protocolos de exames de saúde antes dos presidiários deixarem o local. Já os detentos de outros blocos e penitenciárias que apresentem diagnóstico positivo para o coronavírus são transferidos para as alas determinadas pela Justiça. Eles também devem cumprir quarentena de 21 dias no local antes de retornarem aos presídios ou alas de origem.