Por Mauro Utida

Em sua primeira legislatura, estreando com oito deputados, o Novo é apontado como o partido mais antiambiental e anti-indígena da Câmara dos Deputados. É o que aponta o Ruralômetro 2022, ferramenta de monitoramento dos deputados federais que será lançada na próxima segunda-feira (15) pela Repórter Brasil – organização sem fins lucrativos dedicada ao jornalismo investigativo, à pesquisa e à educação.

O ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, investigado por esquema de exportação ilegal de madeira, já foi do Novo. Atualmente, Salles está no Partido Liberal (PL), seguindo os passos de Jair Bolsonaro.

Com apenas 8 parlamentares, o que representa 1,55% da bancada da Câmara dos Deputados, o partido teve a pior avaliação da pesquisa feita a partir do cálculo da pontuação média dos deputados. O líder da leganda na Câmara é Tiago Mitraud (Novo-MG). “Os políticos da legenda foram os que mais votaram medidas desfavoráveis ao meio ambiente e aos povos do campo”, informa a ONG Repórter Brasil.

A plataforma online revela quais são os deputados federais que prejudicaram o meio ambiente, os indígenas, os quilombolas e os trabalhadores rurais na atual legislatura. O trabalho dos jornalistas investigativos da organização classifica o desempenho de cada político através da análise de 28 votações nominais e 485 projetos de lei que tiveram impacto sobre esses segmentos.

O Ruralômetro 2022 avaliou 499 dos 513 deputados, excluindo aqueles que participaram em menos de 10 das votações selecionadas e os suplentes que assumiram o mandato no meio da legislatura.

Assim como em 2018, quando foi lançada a primeira edição, o Ruralômetro mostra também os deputados federais multados pelo Ibama e pelo Ministério do Trabalho, bem como aqueles que receberam doações de pessoas com infrações ambientais ou trabalhistas.

A ferramenta será lançada na próxima segunda (15) e para acompanhar o desempenho individual dos deputados e dos demais partidos, acesse www.reporterbrasil.org.br.