No Dia do Documentário Brasileiro, conheça dez produções documentais dirigidas por mulheres

Por Lilianna Bernartt

O cinema – que tanto amamos – nasceu do registro, da documentação de acontecimentos cotidianos, como a saída de trabalhadores de uma fábrica, ou mesmo da, hoje, simples chegada de um trem. Com o tempo, o documentário evoluiu para retratar não só os fatos em si, mas também para promover discussões sociais e políticas, fundamentais para o retrato e evolução de nós, como humanos e como sociedade.

Neste Dia do Documentário Brasileiro (07), não podemos deixar de comemorar a beleza e a importância desse gênero.

Para isso, escolhemos destacar o trabalho de dez documentaristas de mão cheia, mulheres, brasileiras, que você não pode deixar de conhecer.

“A Entrevista” (1966)

Primeiro filme da cineasta Helena Solberg, feito através de entrevistas com diversas mulheres, o documentário traça um retrato das mulheres de classe média da época e suas aspirações e incertezas quanto a assuntos como profissão, casamento, submissão, virgindade.

Direção: Helena Solberg
Disponível no YouTube:

https://youtu.be/4E6-EYU7gBg

“Que Bom te ver Viva” (1989)

Ex-presas políticas da ditadura militar brasileira relatam o que passaram e como sobreviveram. O filme intercala os depoimentos com monólogo ficcional performado pela atriz Irene Ravache.

Direção: Lucia Murat
Disponível no YouTube:

“Samba” (2000)

Documentário que explora o samba e sua relação com os moradores do Morro da Mangueira.

Direção: Theresa Jessouroun
Disponível no YouTube:

“Apartamento 608” (2009)

Documentário aborda o processo de criação do cineasta Eduardo Coutinho durante as filmagens de “Edifício Master”, filme produzido pela própria cineasta.

Direção: Beth Formaggini
Disponível no YouTube:

“Os Dias com Ele” (2013)

Documentário foca no relacionamento da diretora Maria Clara Escobar e seu pai, o filósofo Carlos Henrique Escobar.

Direção: Maria Clara Escobar
Disponível no YouTube:

“Bixa Travesty” (2018)

Documentário aborda a trajetória da cantora transexual Linn da Quebrada e ainda acompanha a cena musical produzida por artistas trans.

Direção: Claudia Priscilla e Kiko Goifman
Disponível no Globoplay, assista ao trailer:

“Auto de Resistência” (2018)

Documentário aborda homicídios praticados pela polícia contra civis, no Rio de Janeiro, em situações inicialmente classificadas como legítima defesa (os chamados autos de resistência).

Direção: Natasha Neri e Lula Carvalho
Disponível no YouTube:

“Teko Haxy – Ser Imperfeita” (2021)

Documentário retrata a amizade entre uma cineasta indígena e uma artista visual e antropóloga não indígena, através da troca de vídeo cartas entre elas.

Direção: Patrícia Yxapy e Sophia Pinheiro
Disponível no YouTube:

“Parente – A Esperança do Mundo” (2021)

O documentário reflete sobre resiliência, através da luta dos povos originários e a força das artes, linguagens, formas e pensamentos das culturas originárias.

Direção: Graciela Guarani
Disponível no YouTube: