Foto: Mídia NINJA

Um dos principais personagens políticos da defesa dos direitos humanos no Brasil, tendo sido ex-ministro de Lula, Nilmário Miranda está em campanha para retornar ao Congresso Nacional como deputado federal. Ativista social desde os 15 anos de idade, hoje com 75, Nilmário tem um vasto acúmulo de conquistas na política, seja na esfera legislativa como executiva.

Em 2003, depois de empossado como primeiro ministro de Direitos Humanos do Brasil, Nilmário organizou e fortaleceu a rede de proteção e defesa dos direitos humanos, com destaque para a garantia do Primeiro Registro Civil, Programa Brasil Sem Homofobia, fortalecimento do Programa de Defensores de DH, além de políticas públicas que promovessem o direito ao emprego digno, à renda, à alimentação, moradia e o enfrentamento ao racismo e machismo estruturais.

“Eu aprendi nessas décadas que não há democracia sem direitos humanos, e nem direitos humanos sem democracia. Eu não aceito mais que os direitos humanos tenha uma secretariazinha ou um anexo para adornar governos”, diz Nilmário.

Preso pela primeira vez em 1968, durante o regime militar, no auge da greve de Contagem, Nilmário afirma que aprendeu no cárcere político que a democracia não era uma forma de direito burguês como dizia naquela época, mas “uma conquista do socialismo”. “A democracia está associada ao socialismo e aos direitos humanos”, disse.

Hoje, ele afirma que o Brasil colhe as conquistas de um país em consciência e luta contra as discriminações. “Quando tivemos o primeiro programa ‘Brasil Sem Homofobia’, 30% do Brasil defendia que não podia haver preconceito por orientação sexual. Hoje são 70%. É uma vitória na disputa da sociedade”. Ele reforça o mesmo exemplo sobre a tortura, que antes ainda era apoiada quando as vítimas fossem negros e pobres. Hoje qase 70% condena a tortura em qualquer circunstância. “Esse é um dos principais indicadores de que os direitos humanos avançaram”.

Em campanha para mais um mandato na Câmara dos Deputados, Nilmário afirma que resolveu voltar à disputa política, algo que há um tempo havia desistido, por um compromisso de apoiar Lula no avanço da democracia e dos direitos humanos perdidos nos últimos quatro anos. Uma das derrotas, ele cita, é o direito à memória, à verdade e à justiça.

NINJA nas eleições

Esta entrevista faz parte de um projeto autônomo da Mídia NINJA para visibilidade para candidaturas antifascistas.

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