Osmar Terra, Filipe Garcia Martins, Jurema Werneck e Pedro Hallal são os convidados da CPI nessa semana.

A CPI da Genocídio tem agendado para esta semana depoimentos que ajudarão senadores a chegarem ao caminho trilhado pelo Governo Federal na gestão negacionista da pandemia. O depoimento de Osmar Terra (MDB-RS) está marcado para esta terça (22). O deputado federal foi chamado a depor depois da divulgação, pelo site Metrópoles, de um vídeo que mostra uma reunião entre defensores do tratamento precoce para a Covid-19 e o presidente Jair Bolsonaro. Segundo os senadores, as imagens apontam que Osmar Terra seria o mentor intelectual do grupo.

Na quarta (23) será a vez da CPI ouvir Francisco Emerson Maximiano, sócio-diretor da Medicamentos Precisa, empresa investigada por intermediar a compra da Covaxin pelo governo federal. O processo de aquisição do imunizante fabricado pela indiana Bharat Biotech foi o mais célere de todos, mesmo com dúvidas em relação à eficácia.

Na quinta (24) irá depor na CPI o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Filipi Martins, terá que explicar sua participação em uma reunião com representantes da farmacêutica Pfizer. Em depoimento à CPI, o ex-CEO da empresa na América Latina, Carlos Murillo, revelou que representantes da Pfizer tiveram uma reunião com o ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wanjgarten, da qual também participaram o vereador Carlos Bolsonaro e Filipe Martins.

Por fim, na sexta estão agendados a participação, em audiência pública, de Jurema Werneck, diretora-executiva da Anistia Internacional e representante do Movimento Alerta, e Pedro Hallal, epidemiologista, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pelotas. Em suas redes sociais Hallal alertou que desde o anúncio da agenda passou a receber ataques de bolsonaristas. Seu depoimento é esperado pelos senadores e pode trazer revelações sobre o impacto da doença no Brasil.